Palavras desenroladas
deslizam sensíveis aos que ouvem
encontros de luz
raios de silêncio desmedido
entre palavras lentas
assombradas enoveladas
insensíveis aos que dizem
como tempo que as marcou
dos que nelas se marcam
carris de um só caminho
que guardam infinitos de viagens
linhas desenroladas que, o horizonte une
arcos de palavras
que respiram momentos, lentos
palavras
conotadas ao que vivem
com palavras, das palavras
como ribeiros que passam sedes
como colheitas que renovam fomes
palavras
poesia de engolir fastios
de olhar tudo na dimensão de nada
palavras
sempre as mesmas
de nunca se repetirem
como traduções do mesmo ser
cruzando-se no infinito dos seres todos
palavras
na imagem que se revela
lenta
no claro escuro de aguardar manhãs
de sol e cor
no quente escuro dos olhos fechados
dos sentidos dormentes
despertando lentos
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
sábado, 12 de novembro de 2016
Leonard Cohen.
82 decorria e eu andava de aqui para acolá,
carregando roupa como lastro
da leveza da cabeça.
Tinha musica em cassetes
duas de Leonard Cohen, Brahms
Bach, Oldfield e Carmina Burana
mais uma noção de saber tanto
que nem agora sei
o que na hora de ter certezas
eu sabia
rasgando folha a folha
dos cadernos que emagreciam
o guião de estar vivo.
82 decorria e na testa franzida
sonhava pensamentos certos
nos sons que ouvia, cimento que unia
as tolices de viver, ás tolices de sentir
como se a arca de estar vivo
tivesse prateleiras e gavetas
de sentir o calor com tempo
e o frio do voar lento em cada som
rasgado, momento a momento, certo em cada acorde
rouco de fazer, o que já está feito
refazer, o que nunca está feito
enquanto dura o tempo de franzir a testa
e pensar cada som, sonhando
o crescer e o derrubar de cada um
em cada tempo, momento de ser
Cohen, coerente e assim ser e ficar
eterno ser
em cada ser.
carregando roupa como lastro
da leveza da cabeça.
Tinha musica em cassetes
duas de Leonard Cohen, Brahms
Bach, Oldfield e Carmina Burana
mais uma noção de saber tanto
que nem agora sei
o que na hora de ter certezas
eu sabia
rasgando folha a folha
dos cadernos que emagreciam
o guião de estar vivo.
82 decorria e na testa franzida
sonhava pensamentos certos
nos sons que ouvia, cimento que unia
as tolices de viver, ás tolices de sentir
como se a arca de estar vivo
tivesse prateleiras e gavetas
de sentir o calor com tempo
e o frio do voar lento em cada som
rasgado, momento a momento, certo em cada acorde
rouco de fazer, o que já está feito
refazer, o que nunca está feito
enquanto dura o tempo de franzir a testa
e pensar cada som, sonhando
o crescer e o derrubar de cada um
em cada tempo, momento de ser
Cohen, coerente e assim ser e ficar
eterno ser
em cada ser.
domingo, 6 de novembro de 2016
Sem Pausas.
O encher e o vazar
repetitivo
imitação em tudo
do coração que se cansa
de tudo
sala de espera
espaço de tempo alongado
do entrar e do sair
e o tempo sem pausas persiste
guinadas que se guardam dentro
caminhos que mexem o corpo
quieto de tudo mudar
inquieto de o sentir sem pausas
em silêncio.
repetitivo
imitação em tudo
do coração que se cansa
de tudo
sala de espera
espaço de tempo alongado
do entrar e do sair
e o tempo sem pausas persiste
guinadas que se guardam dentro
caminhos que mexem o corpo
quieto de tudo mudar
inquieto de o sentir sem pausas
em silêncio.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Silêncio de pertencer
Ser da estória
a folha
ainda branca
o vazio entre
nas gotas
corrente silenciosa
desaguando emoções
pintando ilusões
e sendo sem o saber
a estória do tempo
o tempero que adoça
e amarga
o tempo sem sabor
fel e mel
de quem o passa
Rolos e rolos perfeitos
mecânicamente enrolados
desenrolam linhas
que atravessam tempo
ganhando cores
nas que perdem
cobrindo distâncias
no que desenrolam
cobrando sensações
no que percorrem
no que provocam
desatino de um saber longo
sempre curto
branco
ilimitado
.
a folha
ainda branca
o vazio entre
nas gotas
corrente silenciosa
desaguando emoções
pintando ilusões
e sendo sem o saber
a estória do tempo
o tempero que adoça
e amarga
o tempo sem sabor
fel e mel
de quem o passa
Rolos e rolos perfeitos
mecânicamente enrolados
desenrolam linhas
que atravessam tempo
ganhando cores
nas que perdem
cobrindo distâncias
no que desenrolam
cobrando sensações
no que percorrem
no que provocam
desatino de um saber longo
sempre curto
branco
ilimitado
.
sábado, 10 de setembro de 2016
Janelas
Janelas da razão que se abre
batentes ao largo
ondulam imagens de estrelas
distantes calmas
ornamentos da lua cintilando
Janelas da cor engolida no olhar
sentimento cor de dentro
que a janela fecha
que a janela abre
janelas que rasgam ilustres quietos
lentas de um estio dentro
máscaras e areia que se espalha lenta
espelhos de reflexos atrasados
adiantam sonhos que o tempo esbate
embaciados pelo fechar da janela?
pelo respirar pesado de pensar o tempo
preenchendo espaço que afinal
estava cheio
esvaziando o vazio que se enche
de pensar o tempo que não pensa
procuro palavras úteis
como a fonte de Duchamp
interrogações no esgazear daqui
e Dali
e cores quentes neste tempo curvo
de o sentir enrolado
passando correndo e não quebrando
o que por si se quebra de vidros
janelas que se desfazem
no refazer de cada instante
que não pensa mas passa
Janelas
pontos sem fim
batentes ao largo
ondulam imagens de estrelas
distantes calmas
ornamentos da lua cintilando
Janelas da cor engolida no olhar
sentimento cor de dentro
que a janela fecha
que a janela abre
janelas que rasgam ilustres quietos
lentas de um estio dentro
máscaras e areia que se espalha lenta
espelhos de reflexos atrasados
adiantam sonhos que o tempo esbate
embaciados pelo fechar da janela?
pelo respirar pesado de pensar o tempo
preenchendo espaço que afinal
estava cheio
esvaziando o vazio que se enche
de pensar o tempo que não pensa
procuro palavras úteis
como a fonte de Duchamp
interrogações no esgazear daqui
e Dali
e cores quentes neste tempo curvo
de o sentir enrolado
passando correndo e não quebrando
o que por si se quebra de vidros
janelas que se desfazem
no refazer de cada instante
que não pensa mas passa
Janelas
pontos sem fim
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Sons
A maré leva
a maré traz
no que desfaz
se faz o tempo
e o silêncio
de ir
de andar
e ainda voltar
ao ruído de haver espaços
sensações e vidas
cantos abrigos
de sons e poesia
a maré traz e depois leva
sons encantados
de os ouvir nas pausas
de respirar antes
de respirar depois
em cada mergulho profundo
no silêncio dentro
fundo
a maré traz
no que desfaz
se faz o tempo
e o silêncio
de ir
de andar
e ainda voltar
ao ruído de haver espaços
sensações e vidas
cantos abrigos
de sons e poesia
a maré traz e depois leva
sons encantados
de os ouvir nas pausas
de respirar antes
de respirar depois
em cada mergulho profundo
no silêncio dentro
fundo
terça-feira, 23 de agosto de 2016
Gotas de eternidade em cada ser
Os laços que de um lado
corto
do outro me amarram
curto
no despedir de cada
momento
de os amarrar a todos
vivos
de os sentir longamente
mortos
a todos e a nenhum
repetidos
no adagio, na ária, na paixão
abraço
de sentir dor de não a ter
pertencer
como partida que regressa
ainda
ecos de momentos
agora
Gotas de eternidade penetram
ser
o meu de Bach, Albinoni
choro
a pequenez de me sentir enorme
dentro
domingo, 31 de julho de 2016
Momento a momento de nunca os entender.
De pequenino se torce o pepino
e o vento e o jeito dobram
vontades
verdades que se fazem
lapidares
únicas e certas
respostas de nenhuma pergunta
certeza sem incertezas.
A vontade existe
para ser dobrada
contornada como verdade
feita das mentiras
das verdades todas.
Caminho
miragem de estar quieto
no tempo e no ver
o tempo
de nunca o ver
o bastante
de nunca o sentir
o suficiente.
Encontro verdades como certezas
vivendo vidas
ideias
firmeza
em cada espelho vazio
em cada imagem que rouba
a luz de todos, perpassando sem dono
as imagens de todos, instante a instante
num agarrar que não torce
mas apaga, luz e cor e sonho
dos instantes eternos.
Molduras vazias
telas ainda infinitas
de estarem brancas, repletas de possibilidades.
Espelhos guardados no escuro
junto dos cristais das cores e de nenhuma sombra
ao lado da engrenagem dos instantes
sempre diferentes no desenrolar igual que os permite
diferentes
na luz que preenche de cor o espaço
e as sombras que preenchem o vazio
de o encherem de riscos e borrões
de vida e ilusões douradas
vazias, moldadas ao que abarcam
ao torcer do que é pequeno
e estoura.
Momentos quietos de os pensar
passaram velozes
e de um passeio se faz a Viagem
do amanhecer se faz o anoitecer
de um dia por entender
um a um
sempre.
e o vento e o jeito dobram
vontades
verdades que se fazem
lapidares
únicas e certas
respostas de nenhuma pergunta
certeza sem incertezas.
A vontade existe
para ser dobrada
contornada como verdade
feita das mentiras
das verdades todas.
Caminho
miragem de estar quieto
no tempo e no ver
o tempo
de nunca o ver
o bastante
de nunca o sentir
o suficiente.
Encontro verdades como certezas
vivendo vidas
ideias
firmeza
em cada espelho vazio
em cada imagem que rouba
a luz de todos, perpassando sem dono
as imagens de todos, instante a instante
num agarrar que não torce
mas apaga, luz e cor e sonho
dos instantes eternos.
Molduras vazias
telas ainda infinitas
de estarem brancas, repletas de possibilidades.
Espelhos guardados no escuro
junto dos cristais das cores e de nenhuma sombra
ao lado da engrenagem dos instantes
sempre diferentes no desenrolar igual que os permite
diferentes
na luz que preenche de cor o espaço
e as sombras que preenchem o vazio
de o encherem de riscos e borrões
de vida e ilusões douradas
vazias, moldadas ao que abarcam
ao torcer do que é pequeno
e estoura.
Momentos quietos de os pensar
passaram velozes
e de um passeio se faz a Viagem
do amanhecer se faz o anoitecer
de um dia por entender
um a um
sempre.
sábado, 16 de julho de 2016
InfinitoPresenteInfinito
....xadrez dos espaços
dos estados, das peças que se fazem
nossas ou nunca
das cores que separam
unindo contrastes
extremos que mudam
que circulam no tabuleiro
das cores todas
das flores, dos horrores
dos ódios, dos amores
de onde surgem
estes seres que derramam sangue e vidas
quantos entroncamentos fizeram
na vida que por eles escolheu
e os foi moldando
em cada curva do caminho inconsciente
que percorreram acordados
conscientes
na versão deles
da vida que tiveram
nascer e morrer
o que se liga, o que se desliga
percorre infinitos
e quase sem aviso
nascem horrores, dores
e assim se vive
e assim se morre.......
dos estados, das peças que se fazem
nossas ou nunca
das cores que separam
unindo contrastes
extremos que mudam
que circulam no tabuleiro
das cores todas
das flores, dos horrores
dos ódios, dos amores
de onde surgem
estes seres que derramam sangue e vidas
quantos entroncamentos fizeram
na vida que por eles escolheu
e os foi moldando
em cada curva do caminho inconsciente
que percorreram acordados
conscientes
na versão deles
da vida que tiveram
nascer e morrer
o que se liga, o que se desliga
percorre infinitos
e quase sem aviso
nascem horrores, dores
e assim se vive
e assim se morre.......
segunda-feira, 4 de julho de 2016
9 Analogias,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
46
Um balde ainda por encher
de segundos
que foram de quem os agarrou
ou de quem os perdeu
de todos e de ninguém.
Um copo com algumas gotas
as mais marcantes
gotas de sensações e emoções
gotas desiludidas.
Perdidos e achados coloridos
ainda
na cor das gotas dos momentos.
Tento entender a passagem desta ida que me embarca
e num largo oceano eu tento e eu perco
as gotas
que se alheam da explicação
diluídas e alheias, passageiras e inteiras
no que deram ou não deram
mas nenhum oceano explica,
afogado na tentativa,
de explicar o que segundo a segundo
gota a gota
e todas são inteiras
dá de fundamento
ao que são
de gotas
de momentos inteiros
evaporados pouco a pouco
afundados momento
a momento.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Verdade
Uma rede fina
de palavras suavemente agarradas
desliza vidas, sonhos que se fazem
como areia escorrendo palavras
da ampulheta que se vira e revira
fazendo mais fina, a palavra que tomba
areia de sentidos infinitos
plena pela metade
que conta o vazio de encher.
Malha fina entrelaçando milhões
laço de verdades mariposas peixes
enredando vontades, verdades, ilusões
a verdade é um rio que nunca desagua
corre nem sempre manso
no leito atrito do eterno
no que desfaz
no que faz
lento
repouso do tempo.
de palavras suavemente agarradas
desliza vidas, sonhos que se fazem
como areia escorrendo palavras
da ampulheta que se vira e revira
fazendo mais fina, a palavra que tomba
areia de sentidos infinitos
plena pela metade
que conta o vazio de encher.
Malha fina entrelaçando milhões
laço de verdades mariposas peixes
enredando vontades, verdades, ilusões
a verdade é um rio que nunca desagua
corre nem sempre manso
no leito atrito do eterno
no que desfaz
no que faz
lento
repouso do tempo.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
segunda-feira, 6 de junho de 2016
Ao tempo que passa, minúsculo, maravilhoso 9 Analogias de tudo e de nada.
49
De areia se fazem construções
e dunas que o vento lambe
e move constante
no oficio de ser vento
e não temer da areia os grãos
minúsculos
que emperram engrenagens
e de cabeça em cabeça
se fazem tão confusos
de nunca serem os mesmos
nunca
que o vento moveu
e a cabeça acolheu
para que nunca pareça
que eram os mesmos
que o vento moveu
indiferente
e a cabeça acolheu
inconsciente.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
9 ANALOGIAS de TUDO e de NADA.
11
“Alguns pintores transformam o Sol em mancha amarela,
outros transformam a mancha amarela no Sol.”
Para que no fim
tudo sejam manchas
mesmo o Sol
que me ofusca excessivo
e quente
deixando a cabeça repleta
de manchas coloridas
violetas
de um arco-íris
incapaz do regresso
ao branco
que na cabeça pulsa
como oposto do negro
que na cabeça pisca
tudo
e depois nada.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Ao longo do dia.
Ao longo do dia
ao longo dos dias
se fazem os mais belos textos
a poesia mais conseguida
que desbobina imagens
que se perdem constantes
no espaço estreito
de encerrar universos
estreitos como oceanos
que um funil engole lento
num jorro longo de esquecimento.
Estreitos escorrem finos
e a quase todos se perde
a direcção, o sentido, a noção
neste lodo de pensar
nada molhando ou quase nada
juntando gotas como descobertas
ganhando as cores do momento
poças de pensar, devagar
enrolando dias, poesias
caixas vazias de encher luz
derramar cores, azul profundo
nas velas brancas de encher vento
e andar sempre, curto a curto instante
de poder ainda, andar lado a lado
Caminhos, atalhos de alongar os dias
dormir a insónia de viver
marcando estrelas, no brilho e na cor
de as pertencer
ao longo dos dias
se fazem os mais belos textos
a poesia mais conseguida
que desbobina imagens
que se perdem constantes
no espaço estreito
de encerrar universos
estreitos como oceanos
que um funil engole lento
num jorro longo de esquecimento.
Estreitos escorrem finos
e a quase todos se perde
a direcção, o sentido, a noção
neste lodo de pensar
nada molhando ou quase nada
juntando gotas como descobertas
ganhando as cores do momento
poças de pensar, devagar
enrolando dias, poesias
caixas vazias de encher luz
derramar cores, azul profundo
nas velas brancas de encher vento
e andar sempre, curto a curto instante
de poder ainda, andar lado a lado
Caminhos, atalhos de alongar os dias
dormir a insónia de viver
marcando estrelas, no brilho e na cor
de as pertencer
terça-feira, 26 de abril de 2016
Imperfeição que gira
O vazio é um encher de noções cansadas
de as ter nascido sem as sentir entranhadas
o vazio é o encher dos momentos
livres de estarem presos ao nascer na corrente
das palavras, das sensações, dos instintos
dos sem nome, nomeados vazios de os haver enormes
gritando nomes, barbaridades piramidais
de as haver antes, do nascer ou do sentir
do ser e do ser sempre pedaço rebolado.
Sonho o vazio das sensações antes
das palavras que nomeiam o encher de cada grão de areia fina
sonho o sonho do universo antes
o vazio de um vazio antes
um nada antes
da noção de tudo
de a sentir
vazia.
Tripas que se enchem do que nem se comeu
sensações que se preenchem do que nem se sentiu.
O todo é um nada que se enche como balão
e logo se vaza e logo se enche vazando
do lado de sentir o que logo se vaza sentido.
Caminhos feitos no pisar do que é belo
e parar e questionar e nunca aprender
saber o que é
saber o que não é
aprender nunca
do caminho o pisar leve
constante de o persistir
caminho
de ir de voltar de seguir
de regressar
caminho que tudo leva
a nenhum lado
de aprender nunca
de que lado fica.
de as ter nascido sem as sentir entranhadas
o vazio é o encher dos momentos
livres de estarem presos ao nascer na corrente
das palavras, das sensações, dos instintos
dos sem nome, nomeados vazios de os haver enormes
gritando nomes, barbaridades piramidais
de as haver antes, do nascer ou do sentir
do ser e do ser sempre pedaço rebolado.
Sonho o vazio das sensações antes
das palavras que nomeiam o encher de cada grão de areia fina
sonho o sonho do universo antes
o vazio de um vazio antes
um nada antes
da noção de tudo
de a sentir
vazia.
Tripas que se enchem do que nem se comeu
sensações que se preenchem do que nem se sentiu.
O todo é um nada que se enche como balão
e logo se vaza e logo se enche vazando
do lado de sentir o que logo se vaza sentido.
Caminhos feitos no pisar do que é belo
e parar e questionar e nunca aprender
saber o que é
saber o que não é
aprender nunca
do caminho o pisar leve
constante de o persistir
caminho
de ir de voltar de seguir
de regressar
caminho que tudo leva
a nenhum lado
de aprender nunca
de que lado fica.
domingo, 17 de abril de 2016
Círculos imperfeitos
Metamorfose de um tempo
larva
espaçado como ritmo vivo
transforma
luz que na sombra se alonga
longa
borboleta inicio de ser fim
cadeia
desta melodia dos instantes
desenrolada
sempre nova renovada
cansada
em cada mosca rã mariposa
sonho
que pousa nos instantes todos
presente
que o tempo engole e devolve
igual
de ser sempre de quem sente
diferente
a volta que anda sem dono
espaço
de pertencer luz de ser para ser
sombra
as palavras rebolam pedras
leves
nos ribeiros de as soltar
lago
de as acolher frescas e novas
recolher
nunca esgotando delas
jamais
os sabores todos as cores todas
luz
larva
espaçado como ritmo vivo
transforma
luz que na sombra se alonga
longa
borboleta inicio de ser fim
cadeia
desta melodia dos instantes
desenrolada
sempre nova renovada
cansada
em cada mosca rã mariposa
sonho
que pousa nos instantes todos
presente
que o tempo engole e devolve
igual
de ser sempre de quem sente
diferente
a volta que anda sem dono
espaço
de pertencer luz de ser para ser
sombra
as palavras rebolam pedras
leves
nos ribeiros de as soltar
lago
de as acolher frescas e novas
recolher
nunca esgotando delas
jamais
os sabores todos as cores todas
luz
domingo, 10 de abril de 2016
palavras Palavras palavras
Saio da caverna de Platão
e a luz é tão intensa, que a cabeça baixa
enquanto a sombra se alonga
e há esquerda e há direita
no equilíbrio de uma linha estreita.
Espelhos quietos, espelhos luz e cor
de onde vem a cor, a luz?
Espelhos luz e cor, que fogem
de quem fogem? Espelhos emprestados
à luz de todos, que ninguém agarra.
Linhas como seda fina ganham cor
como poesia de a sentir noite e dia
unindo espaços, unindo sensações
quebrando lentas, este mar de areias
finas e guardadas, eternas orações.
Palavras leves arredondam o silêncio
crescem como linhas entre margens
erguem arcos de pensar e meditar
depois repousam, depois regressam
sempre leves no arquear da poesia.
Pequenas palavras, que crescem sentidas
unem vazios, espaços como ecos
de nem eles se repetirem,nesta mudança
em que tudo permanece igual
de nunca o ser, de ser sempre, diferente.
e a luz é tão intensa, que a cabeça baixa
enquanto a sombra se alonga
e há esquerda e há direita
no equilíbrio de uma linha estreita.
Espelhos quietos, espelhos luz e cor
de onde vem a cor, a luz?
Espelhos luz e cor, que fogem
de quem fogem? Espelhos emprestados
à luz de todos, que ninguém agarra.
Linhas como seda fina ganham cor
como poesia de a sentir noite e dia
unindo espaços, unindo sensações
quebrando lentas, este mar de areias
finas e guardadas, eternas orações.
Palavras leves arredondam o silêncio
crescem como linhas entre margens
erguem arcos de pensar e meditar
depois repousam, depois regressam
sempre leves no arquear da poesia.
Pequenas palavras, que crescem sentidas
unem vazios, espaços como ecos
de nem eles se repetirem,nesta mudança
em que tudo permanece igual
de nunca o ser, de ser sempre, diferente.
quinta-feira, 31 de março de 2016
O que é o azul?
O que é o azul?
quando dentro se rasgam
cortinas como nuvens secas
de tentar
de sentir e ver
o azul fora
que não há dentro
O que é o azul'
de o ver fora
estranho
de o aprender
apreendendo
miudezas que se guardam
de ficarem fora
de as ter dentro
O que é o azul?
transparente
de o ter fora
como sombra
do opaco de o ter dentro
correndo sempre
sensações lentas
dentro
O que é o azul?
flutuar no silêncio da musica
unir sonhos como pesadelos
e viver na chuva que pára
na que volta a cair
entre farrapos do azul
que se veste
que se rasgam dentro
quando dentro se rasgam
cortinas como nuvens secas
de tentar
de sentir e ver
o azul fora
que não há dentro
O que é o azul'
de o ver fora
estranho
de o aprender
apreendendo
miudezas que se guardam
de ficarem fora
de as ter dentro
O que é o azul?
transparente
de o ter fora
como sombra
do opaco de o ter dentro
correndo sempre
sensações lentas
dentro
O que é o azul?
flutuar no silêncio da musica
unir sonhos como pesadelos
e viver na chuva que pára
na que volta a cair
entre farrapos do azul
que se veste
que se rasgam dentro
quarta-feira, 23 de março de 2016
Europa Unida Jamais Será Vencida
Humanidade
linha que se prolonga
infinitamente maravilhosa
infinitamente horrorosa
neste desenrolar das emoções
todas
das cores todas
num fio fino
que estremece vivo
que une vida
e de vez em quando
de vez em quando
demasiadas vezes
parece
partir.
Ouvi demasiadas vozes
quando "Charlie" sangrou
e o mundo chorou
falavam de respeito
e não mexe que pode ferrar.
Já tinha havido I I e Espanha
e sangue-areias um pouco por todo o lado
escorrendo razões que a morte nunca tem
Thomas More Hans Sophie Scholl
Os nomes de unir
Vão-se Erguendo Anónimos
em Cada Vitima
em Cada Sonho de Liberdade
Fraternidade, Igualdade.
Eu ateu que sou
tenho fé nos deuses todos
do mundo todo
no Homem divino enquanto vivo.
Europa une-te
foge das imitações de suásticas
que em ti crescem
para te desmembrar
une os valores acolhidos em ti.
Ilumina Unida este cancro
reconhece e cura Unida.
linha que se prolonga
infinitamente maravilhosa
infinitamente horrorosa
neste desenrolar das emoções
todas
das cores todas
num fio fino
que estremece vivo
que une vida
e de vez em quando
de vez em quando
demasiadas vezes
parece
partir.
Ouvi demasiadas vozes
quando "Charlie" sangrou
e o mundo chorou
falavam de respeito
e não mexe que pode ferrar.
Já tinha havido I I e Espanha
e sangue-areias um pouco por todo o lado
escorrendo razões que a morte nunca tem
Thomas More Hans Sophie Scholl
Os nomes de unir
Vão-se Erguendo Anónimos
em Cada Vitima
em Cada Sonho de Liberdade
Fraternidade, Igualdade.
Eu ateu que sou
tenho fé nos deuses todos
do mundo todo
no Homem divino enquanto vivo.
Europa une-te
foge das imitações de suásticas
que em ti crescem
para te desmembrar
une os valores acolhidos em ti.
Ilumina Unida este cancro
reconhece e cura Unida.
terça-feira, 22 de março de 2016
Vazio maldito
As palavras faltam desnecessárias
quando desaguam nos extremos
nos infinitos oceanos do que é belo
nas infinitas fossas do horror.
Que vazio vasto é este?
que da morte faz caminho
sentido e razão
motivação
é avido este deus que concebem
do vazio
de que se enchem
Ontem poesia e cor
hoje água e cor e poesia
e horror que nada lava
de que vazio se faz este vazio
que a si mesmo se nega
cancro da vida
negação maldita
cobardia sem deus sem profeta
maldita
quando desaguam nos extremos
nos infinitos oceanos do que é belo
nas infinitas fossas do horror.
Que vazio vasto é este?
que da morte faz caminho
sentido e razão
motivação
é avido este deus que concebem
do vazio
de que se enchem
Ontem poesia e cor
hoje água e cor e poesia
e horror que nada lava
de que vazio se faz este vazio
que a si mesmo se nega
cancro da vida
negação maldita
cobardia sem deus sem profeta
maldita
segunda-feira, 21 de março de 2016
Dia de e da...............
Da poesia parece ser o dia
da cor que não se desliga
o dia parece ser da poesia
que à cor se liga, fundida
à poesia que é dia, que é ...
sentir, sentir gotas como universos
sentir segundos como presentes
eternos
O dia é todo
todos os dias
inacabados
deste sentir todo, acabado
de os sentir a todos
os dias todos acabados
na poesia de sentir as palavras ausentes
presentes de serem.....
poesia somente
vida somente
e riso
riso permanente
de sentir em tudo
o longo desconhecer de tudo
nesta poesia somente
Paro
mas ando no tempo que não para
na pergunta
que todos os dias se responde
desconhecendo sempre
a resposta que todos os dias
se alonga sempre certa
poesia de sentir dos dias
a poesia que os enche
e os permite perfeitos
desconhecidos
da poesia que os faz
perfeita
desconhecida
perfeita os dias todos
desconhecida todos
os dias
na cor de serem dias
poesia e cor
de serem
de
e serem poesias
cores
dias
da cor que não se desliga
o dia parece ser da poesia
que à cor se liga, fundida
à poesia que é dia, que é ...
sentir, sentir gotas como universos
sentir segundos como presentes
eternos
O dia é todo
todos os dias
inacabados
deste sentir todo, acabado
de os sentir a todos
os dias todos acabados
na poesia de sentir as palavras ausentes
presentes de serem.....
poesia somente
vida somente
e riso
riso permanente
de sentir em tudo
o longo desconhecer de tudo
nesta poesia somente
Paro
mas ando no tempo que não para
na pergunta
que todos os dias se responde
desconhecendo sempre
a resposta que todos os dias
se alonga sempre certa
poesia de sentir dos dias
a poesia que os enche
e os permite perfeitos
desconhecidos
da poesia que os faz
perfeita
desconhecida
perfeita os dias todos
desconhecida todos
os dias
na cor de serem dias
poesia e cor
de serem
de
e serem poesias
cores
dias
quinta-feira, 10 de março de 2016
Precursos dos percursos 2010.
47
Todas as palavras são ovelhas perdidas
de um redil sem pastor, de um cão sem dono
todas anseiam o rebanho que lhes dê sentido
o viver que as faça morrer
o sentido que as faça pertencer
ao que nem sabem de permissões e sentidos
que com elas se erguem vivos
e com elas tombam concretizados.
Depois da TABACARIA escrever
é o tentar que já foi feito.
Sou sublime, na minha dimensão, de tentar arrumar
o que para sempre se desarrumou na ordem certa
de um Universo possível.
Remexo constante os pedaços que sou
procurando sempre os condimentos que ainda não provei
e me dão o sabor do que por mim passa.
As palavras todas
permitem sublimar a dor de estar vivo
na felicidade de estar vivo
como se tudo fosse um jogo de aparências
e todas se encaminhassem para o mesmo concreto
impalpável concreto
que tudo resume a pouco e nada permite subsistir.
Multiplicam-se os reflexos estilhaçados
alheios dos espelhos que permanecem
imparciais e coerentes
no darem mas nunca completamente.
Ondulam as bandeiras lá no alto
e não há meia haste, todas são sim
para todas poderem ser não.
sábado, 5 de março de 2016
Atalhos
Atalhos perdidos
caminhos percorridos
encontrados
o entrelaçar de uma folha seca
de tantos caminhos nela percorridos
seca da seiva que correu
castanha do verde que comia sol
silêncio das palavras que faltam
ou das que sobram
incapaz de as desenredar, de as soltar
livres
do encerradas que as sinto
constantes
livres de me prenderem
encerradas de as ter presas
miudinho sossego
que nem sombras mexe
do intenso de ser luz
do escuro de a não ter
sentir do passeio os passos todos
de percorrer seivas vidas
de a todas sentir
perdidas
linhas rendilhadas percorridas
esquecidas nervuras de sempre
talhadas no tempo
que a todas recorda
percorrendo
percorrendo
securas vivas
verdes velhos
jovens castanhos de um sempre
permanente
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Ana Paula.
A 2 de Março vão ser 29 anos de vida em comum com a Ana Paula, minha esposa, mãe dos meus filhos e paciente apoio de tantas horas más, companhia de tantos momentos bons.
Foi com ela, que decidi guardar o meu filho em casa, nunca duvidei do seu empenho e a prova está aí visível no Luís vivo, nos cuidados constantes que lhe permitem sobreviver,
Descobri à posteriori que poucos acreditaram na vitoria de amor que ela demonstrou, abdicando de tanto em prol dele.
O meu filho esteve morto nos meus braços, ressuscitaram dele o cerebelo, o cérebro reptiliano, foi o que me disseram, no Hospital, que por muito cuidado que tivessem com ele, o iam deixando morrer aos poucos.
Uma curta estadia numa Unidade de Cuidados Continuados, forma de despachar doentes que não se queixam, e a 19 de Outubro de 2009 foi deixado ir para casa, para morrer em casa, esgotados que estavam os tratamentos hospitalares, estava só com cuidados de conforto, para casa foi com a mãe, o irmão e o pai.
Depois foi descobrir que ele queria sobreviver, descobrir as dificuldades de manter um doente no estado dele, acamado e cego e alimentado por sonda, pela mãe que o cuida com a nossa ajuda.
Gastei o que pensava não ter para voltar a ser meu, sou tutor de um menino de 29 anos, agarro-me à vida dele, como se fosse a minha e descanso olhando-o, sentindo que ele me sente, na consciência mínima, que é o mundo dele, enquanto o meu mundo enorme se faz pequeno, de o complicar.
Foi com ela, que decidi guardar o meu filho em casa, nunca duvidei do seu empenho e a prova está aí visível no Luís vivo, nos cuidados constantes que lhe permitem sobreviver,
Descobri à posteriori que poucos acreditaram na vitoria de amor que ela demonstrou, abdicando de tanto em prol dele.
O meu filho esteve morto nos meus braços, ressuscitaram dele o cerebelo, o cérebro reptiliano, foi o que me disseram, no Hospital, que por muito cuidado que tivessem com ele, o iam deixando morrer aos poucos.
Uma curta estadia numa Unidade de Cuidados Continuados, forma de despachar doentes que não se queixam, e a 19 de Outubro de 2009 foi deixado ir para casa, para morrer em casa, esgotados que estavam os tratamentos hospitalares, estava só com cuidados de conforto, para casa foi com a mãe, o irmão e o pai.
Depois foi descobrir que ele queria sobreviver, descobrir as dificuldades de manter um doente no estado dele, acamado e cego e alimentado por sonda, pela mãe que o cuida com a nossa ajuda.
Gastei o que pensava não ter para voltar a ser meu, sou tutor de um menino de 29 anos, agarro-me à vida dele, como se fosse a minha e descanso olhando-o, sentindo que ele me sente, na consciência mínima, que é o mundo dele, enquanto o meu mundo enorme se faz pequeno, de o complicar.
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Sinos de prata
O inicio se faz
no sentir da primeira célula
no útero de aconchegar e crescer
sentir ultrapassa os pensamentos
sentir é lançar fios de seda coloridos
e ver as uniões, que se fazem
as pontes de momentos
o eterno que reside em cada instante
de o sentir e depois pensar, sempre depois.
Anos que passam
acumulam presentes, momentos tecidos
como teias sempre novas, no recordar
no pensar nelas, teias sempre novas
armadilhas de tempo que se roça
e depois se pensa.
Navegar os amores
que ao porto amarram este erguer
da cabeça
livre de olhar a paisagem dos céus mais azuis
enquanto a vida se amarra aos fios finos de seda
que se entrelaça dentro, do sentir
do pensar, do entreter
do viver e de sonhar.
De quantas miudezas
se faz um amor pequeno?
de quantas se fazem os grandes, os muitos
que sinto nas cores todas, infinitas cores
como arcos que unem tempos
olhar sonhos
de os sentir sempre possíveis
e depois sonhar ainda
este arco de chuva
de estar vivo.
Sinos de prata
candeias de luz fraca
que nenhum vento apaga
espalham sentidos, como círculos
de partida e regresso
ao sentido, ao fino entre-tecido enrolar da seda
de sentir
e pensar
palavras como explosões de liberdade
neste sonho de estar preso à vida
ao sentir que não pensa
e depois pensa, fino
fiado
e vivo
entrelaçado caminho
de ser.
no sentir da primeira célula
no útero de aconchegar e crescer
sentir ultrapassa os pensamentos
sentir é lançar fios de seda coloridos
e ver as uniões, que se fazem
as pontes de momentos
o eterno que reside em cada instante
de o sentir e depois pensar, sempre depois.
Anos que passam
acumulam presentes, momentos tecidos
como teias sempre novas, no recordar
no pensar nelas, teias sempre novas
armadilhas de tempo que se roça
e depois se pensa.
Navegar os amores
que ao porto amarram este erguer
da cabeça
livre de olhar a paisagem dos céus mais azuis
enquanto a vida se amarra aos fios finos de seda
que se entrelaça dentro, do sentir
do pensar, do entreter
do viver e de sonhar.
De quantas miudezas
se faz um amor pequeno?
de quantas se fazem os grandes, os muitos
que sinto nas cores todas, infinitas cores
como arcos que unem tempos
olhar sonhos
de os sentir sempre possíveis
e depois sonhar ainda
este arco de chuva
de estar vivo.
Sinos de prata
candeias de luz fraca
que nenhum vento apaga
espalham sentidos, como círculos
de partida e regresso
ao sentido, ao fino entre-tecido enrolar da seda
de sentir
e pensar
palavras como explosões de liberdade
neste sonho de estar preso à vida
ao sentir que não pensa
e depois pensa, fino
fiado
e vivo
entrelaçado caminho
de ser.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
O tempo de ser
O vagar das folhas
nem sempre se faz
na hora de estar certo
há folhas que vagueiam
caminhos despidos
fora dos Invernos frios.
Folhas verdes fora do tempo
ou no tempo de tudo ter
o seu tempo
o de poucas vezes
ser
o de todos, de todas as folhas
verdes, castanhas e caídas
sempre no tempo de ser
de acontecer.
Dourados Outonos verdes
castanhas Primaveris ilusões
douradas no vaguear dos sonhos
no passear longe, de ficar quieto
no travo de envelhecer sonhos
quietos mutantes signos
de um vazio colhido como migalhas
sons de não haver
palavras de não as ter
param, perfilam paradas
os símbolos todos, parados, perdidos
encontrados e vazios
Nostalgia de um verde, que recorda o castanho
que cai devagar
neste aprender a viver dos momentos
que ensinam a morte de cada instante
nem sempre se faz
na hora de estar certo
há folhas que vagueiam
caminhos despidos
fora dos Invernos frios.
Folhas verdes fora do tempo
ou no tempo de tudo ter
o seu tempo
o de poucas vezes
ser
o de todos, de todas as folhas
verdes, castanhas e caídas
sempre no tempo de ser
de acontecer.
Dourados Outonos verdes
castanhas Primaveris ilusões
douradas no vaguear dos sonhos
no passear longe, de ficar quieto
no travo de envelhecer sonhos
quietos mutantes signos
de um vazio colhido como migalhas
sons de não haver
palavras de não as ter
param, perfilam paradas
os símbolos todos, parados, perdidos
encontrados e vazios
Nostalgia de um verde, que recorda o castanho
que cai devagar
neste aprender a viver dos momentos
que ensinam a morte de cada instante
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Sons vivos
Nostalgia
doença de fugir dentro
fundo e nunca negro
como viagem
aaaaaaaaos céus mais azuis
ao verde mais vivo
enquanto caem as folhas
castanhas. alaranjadas
molhadas
e o céu negro estremece em cada gota
que solta
vibrar o tempo
num ritmo que lhe pertence
guardado
caixas de sons
de musica,
melodias trauteadas
acumulam-se como pequenos órgãos
de tubos longos ressoantes
vivos
ressonância que brota de majestosas caixas
vivas
catedrais do som
da cor
do silêncio
que se faz azul
no derramar de cada gota
de vida sentida
O silêncio envolve os sons todos
como caixa de os guardar a todos
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Igual e diferente
Tempo sempre diferente
de acumular miudezas
que o fazem diferente
de serem sempre diferentes
acumuladas em lagos
como gotas de todos os lados
distantes universos
que se unem infinitos
de o serem sempre
diferentes
por momentos
Tempo sempre igual
neste deslizar que o faz diferente
flutuando sensações evaporadas
afundadas
no entender que se perde
e logo se encontra
sempre confuso e diferente
neste haver tempo igual
que desliza diferente
Tempo milagre permanente
de calor e frio e sentir sempre
este cruzar de linhas que ilumina caminhos
que se tocam que se cruzam
que se unem que se fazem
caminhos novos
domingo, 7 de fevereiro de 2016
Sentir
É sonho ou utopia
este sentir o que acontece
como linhas desenroladas
no que aparece
no que parece
e é sempre
tempo
vida
que acontece
neste sonho de sentir
esta utopia de viver
este morrer dos instantes
de os sentir como presentes
que o tempo desembrulha
na alma que a todos sente
e com todos vive
a morte de viver
e sentir
A fuga dos momentos
A fugaz passagem dos instantes
parece uma fuga que se instala
antes de cada instante
que passa, retarda e alonga
este sentir de cada um
no ir, no acabar de cada um
como corrente que surge
sempre nova
dos instantes?
de cada um?
de cada céu azul que logo passa
de cada sol que logo é noite
olho os pedaços azuis
dos momentos
os raios de luz de cada encanto
no escuro dentro
de o ter sempre
de o rasgar sempre
como se a noite fosse de papel
e os meus dedos lápis de cor
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Transbordar
Gotas que brotam leves
como palavras límpidas
gotas que correm e arrastam
a cor de serem dadas
a cor de serem recebidas
e nem sempre entendidas
em cada pequeno lago
em cada espelho corrido
em cada cor retida
de serem tantas as gotas
que se fazem correntes
de unirem margens
como palavras límpidas
gotas que correm e arrastam
a cor de serem dadas
a cor de serem recebidas
e nem sempre entendidas
em cada pequeno lago
em cada espelho corrido
em cada cor retida
de serem tantas as gotas
que se fazem correntes
de unirem margens
sábado, 30 de janeiro de 2016
O alongar do que é curto.
Curto sentir que se alonga vivo
longo longo longo que se encurta
e nunca se completa.
As diferenças de serem necessárias
as diferenças de serem essenciais
o pagar delas constante
permanente
de ontem.
Calote eterno do que é diferente
do que fica, do que muda e depois fica
diferente de ser diferente.
cores diluídas como aguarelas das cores possíveis
escorrem segundos, pintados longos
escorridos curtos.
O sonho das cores impossíveis
guardado no lado certo
da cabeça que os fecha.
Porto guardado
garrafas com duzentos anos
encerraram essências que o tempo rodopiou
fechando imagens na poeira
como espelho
caída lenta e baça
garrafas perdidas no tempo
de as beber encerradas
sem viagens sem mensagens
fechadas no resguardar
no envelhecer dentro
duzentos anos
encerradas
e as estórias giraram perdidas e logo reencontradas
nas de todos os dias.
longo longo longo que se encurta
e nunca se completa.
As diferenças de serem necessárias
as diferenças de serem essenciais
o pagar delas constante
permanente
de ontem.
Calote eterno do que é diferente
do que fica, do que muda e depois fica
diferente de ser diferente.
cores diluídas como aguarelas das cores possíveis
escorrem segundos, pintados longos
escorridos curtos.
O sonho das cores impossíveis
guardado no lado certo
da cabeça que os fecha.
Porto guardado
garrafas com duzentos anos
encerraram essências que o tempo rodopiou
fechando imagens na poeira
como espelho
caída lenta e baça
garrafas perdidas no tempo
de as beber encerradas
sem viagens sem mensagens
fechadas no resguardar
no envelhecer dentro
duzentos anos
encerradas
e as estórias giraram perdidas e logo reencontradas
nas de todos os dias.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Palavras que escapam
Como se produz o silêncio
calando ou deixando correr
sons mudos
quietos silêncios
escapando-se
vivos, interrogativos, linhas
que se enredam como teias
de captar miudezas, belezas que o tempo enreda
pequenas coisas, como pequenos amores
de os sentir a todos
como grandes coisas, como grandes amores.
Silêncio
olho o meu filho, sereno e quieto
e sem que eu o queira
olho o revirar cego dos olhos belos
o tombar da cabeça para o meu lado.
Quebro o silêncio no som de estarmos vivos
em cada afago que me afago
de lhe pertencer.
O vazio das palavras, estrelas que ocorrem
vazio de existir
que enche silencioso
em cada palavra que marca
cada estrela
luzindo
e o vazio depois, sem palavras, repleto contudo
de ser caminho de estrelas, vazio de estar lá
repleto como caminho e haver estrelas.
De estar lá, de sentir, de estar...
Olho os meus
no silêncio de os sentir
sem palavras.
Infinito de pequenas coisas, que se fazem tudo
no despertar de olhar, olhar de novo
e sentir a grandeza de cada coisa pequena
guardada e polida como tesouro
de o sentir com spleen, sem spleen
somente com vida.
Teimo repetir o que nunca se repete
tento sentir o que nunca sinto
e aprendo a ser o que sou
no que não sou
em cada erro que se repete
e nem o sinto repetido.
Momentos de lhes sentir o peso
e a morte de cada um.
Momentos de os sentir voar
vivos um por um.
Sentir dos dias que nascem
as noites que começam
a luz que percorre os sonhos
dando cor
ao escuro
de sentir o tempo.
Voando nas nuvens que escapam
sempre
sonhando nas estrelas que brilham
sempre
calando ou deixando correr
sons mudos
quietos silêncios
escapando-se
vivos, interrogativos, linhas
que se enredam como teias
de captar miudezas, belezas que o tempo enreda
pequenas coisas, como pequenos amores
de os sentir a todos
como grandes coisas, como grandes amores.
Silêncio
olho o meu filho, sereno e quieto
e sem que eu o queira
olho o revirar cego dos olhos belos
o tombar da cabeça para o meu lado.
Quebro o silêncio no som de estarmos vivos
em cada afago que me afago
de lhe pertencer.
O vazio das palavras, estrelas que ocorrem
vazio de existir
que enche silencioso
em cada palavra que marca
cada estrela
luzindo
e o vazio depois, sem palavras, repleto contudo
de ser caminho de estrelas, vazio de estar lá
repleto como caminho e haver estrelas.
De estar lá, de sentir, de estar...
Olho os meus
no silêncio de os sentir
sem palavras.
Infinito de pequenas coisas, que se fazem tudo
no despertar de olhar, olhar de novo
e sentir a grandeza de cada coisa pequena
guardada e polida como tesouro
de o sentir com spleen, sem spleen
somente com vida.
Teimo repetir o que nunca se repete
tento sentir o que nunca sinto
e aprendo a ser o que sou
no que não sou
em cada erro que se repete
e nem o sinto repetido.
Momentos de lhes sentir o peso
e a morte de cada um.
Momentos de os sentir voar
vivos um por um.
Sentir dos dias que nascem
as noites que começam
a luz que percorre os sonhos
dando cor
ao escuro
de sentir o tempo.
Voando nas nuvens que escapam
sempre
sonhando nas estrelas que brilham
sempre
domingo, 24 de janeiro de 2016
Procuro desencontro que encontra
Procuro
e perco
recuperando e de novo perdendo
confusas imperceptíveis
imagens rodando
soando lentas
no silêncio que corre
passando apeadeiros
carreiros de sons perdidos
parecidos, confundidos
Procuro sentar o silêncio
a meu lado
mas sobra sempre espaço
entre o meu e o silêncio
meu
duvido que seja meu
este silêncio este ruído
que desliga o ruído dentro
Botão que aperta ou desaperta
a roupa dentro a roupa fora
a nudez de sentir dentro
a nudez de sentir fora
Procuro sons fortes
de os ter a todos dentro
sons que engulam dentro
o fora de contexto o sem texto
das palavras desarrumadas
como bichinhos barulhentos
impossíveis de calar
Procuro
sons que engulam o dentro
e me ponham fora
da corda que puxa o sino
fora do sino
que me envolve ressoante
desfasado do ouvir
perdido nas nuvens que colo às estrelas
enquanto o sonho mas põe nas mãos
e acordo preto no branco
------
----
--
-
em degraus diferentes
o que vai dentro o que vai fora
Floresta de gente
e o ruído constante
o ser sempre diferente
este ruído permanente
e perco
recuperando e de novo perdendo
confusas imperceptíveis
imagens rodando
soando lentas
no silêncio que corre
passando apeadeiros
carreiros de sons perdidos
parecidos, confundidos
Procuro sentar o silêncio
a meu lado
mas sobra sempre espaço
entre o meu e o silêncio
meu
duvido que seja meu
este silêncio este ruído
que desliga o ruído dentro
Botão que aperta ou desaperta
a roupa dentro a roupa fora
a nudez de sentir dentro
a nudez de sentir fora
Procuro sons fortes
de os ter a todos dentro
sons que engulam dentro
o fora de contexto o sem texto
das palavras desarrumadas
como bichinhos barulhentos
impossíveis de calar
Procuro
sons que engulam o dentro
e me ponham fora
da corda que puxa o sino
fora do sino
que me envolve ressoante
desfasado do ouvir
perdido nas nuvens que colo às estrelas
enquanto o sonho mas põe nas mãos
e acordo preto no branco
------
----
--
-
em degraus diferentes
o que vai dentro o que vai fora
Floresta de gente
e o ruído constante
o ser sempre diferente
este ruído permanente
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Exaustão sensação.
Sensações.
As coisas, les choses, las cosas.
De que tamanho feitio e cor
se fazem os interesses, os temperos de estar vivo?
O amor é um sentimento que leva ou traz?
E os outros, os sentimentos que movem o mundo
espectros vastos que correm lonjuras
de um extremo a outro, mudando cores
e humores, sentir da cabeça aos pés
o dia que nasce, a noite recomeçada
como pausa diferente, como silêncio crescente
de haver tempo, tempo de haver
respostas já dadas, perguntas já feitas
neste tempo manso sem espelho
neste fundo afundar de tudo
neste rien de nada, nadando ou afundando?
Demoli os moinhos, o rocinante morreu de os sonhar
e as manchas cobrem brancuras virtuais
vitrais de cores manchadas
cores desmanchadas
no chumbo
derretidas.
As coisas, les choses, las cosas.
De que tamanho feitio e cor
se fazem os interesses, os temperos de estar vivo?
O amor é um sentimento que leva ou traz?
E os outros, os sentimentos que movem o mundo
espectros vastos que correm lonjuras
de um extremo a outro, mudando cores
e humores, sentir da cabeça aos pés
o dia que nasce, a noite recomeçada
como pausa diferente, como silêncio crescente
de haver tempo, tempo de haver
respostas já dadas, perguntas já feitas
neste tempo manso sem espelho
neste fundo afundar de tudo
neste rien de nada, nadando ou afundando?
Demoli os moinhos, o rocinante morreu de os sonhar
e as manchas cobrem brancuras virtuais
vitrais de cores manchadas
cores desmanchadas
no chumbo
derretidas.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Expansão.
O dia todo a roçar mato
erva, silvas, cortaderias
pedras e detritos que me tocam
e o roncar ruidoso da maquina
no meu silêncio dentro
profundo ou neutro
neste sentir um hiato
entre o ruído fora e o silêncio dentro
Expansão.
tinha nas mãos uma maquina igual
quando o vi ao longe e não entendi
o disparate que ele tinha feito
a culpa não é ter ou não ter
é sentir
Hoje faz vinte e nove anos
fui nomeado tutor de um bebé grande
num pesadelo que mantemos vivo
no sonho lindo de o ter ainda
Expansão.
os anos passam e as ideias mudam
torcendo ali, acolá e ali de novo
olhando miudezas e dando-lhes a cor
de serem infinitas
de serem o universo ao milímetro
nas contas que se refazem
feitas, refeitas e de novo desfeitas
como vazios plenos de sabor
como noções repletas de non sense
viajando noites e dias de folia
perdida
Expansão.
aprender, apreender ou, ou reter
as tempestades de ser pouco
pouco mas ser delas o ponto
de ver silêncio, de ouvir cores de sentir nadas
conservando como precioso, o juízo
de não o ter nunca e assim o ter sempre
de olhos fechados o ser de não ser
o sentir de não sentir
Expansão.
de ter aprendido cores
que aprendo ainda
sublimações de sentir, repetindo
retardando sensações que parecem matar
sentidas de um fôlego
saboreadas lentas como partilhas sentidas
fugas de um real de linhas direitas
como se o sonho de viver
não curvasse mais
Arcos cores e dissabores presentes
sentimentos de eterno
expandindo
O dia todo a roçar mato
erva, silvas, cortaderias
pedras e detritos que me tocam
e o roncar ruidoso da maquina
no meu silêncio dentro
profundo ou neutro
neste sentir um hiato
entre o ruído fora e o silêncio dentro
Expansão.
tinha nas mãos uma maquina igual
quando o vi ao longe e não entendi
o disparate que ele tinha feito
a culpa não é ter ou não ter
é sentir
Hoje faz vinte e nove anos
fui nomeado tutor de um bebé grande
num pesadelo que mantemos vivo
no sonho lindo de o ter ainda
Expansão.
os anos passam e as ideias mudam
torcendo ali, acolá e ali de novo
olhando miudezas e dando-lhes a cor
de serem infinitas
de serem o universo ao milímetro
nas contas que se refazem
feitas, refeitas e de novo desfeitas
como vazios plenos de sabor
como noções repletas de non sense
viajando noites e dias de folia
perdida
Expansão.
aprender, apreender ou, ou reter
as tempestades de ser pouco
pouco mas ser delas o ponto
de ver silêncio, de ouvir cores de sentir nadas
conservando como precioso, o juízo
de não o ter nunca e assim o ter sempre
de olhos fechados o ser de não ser
o sentir de não sentir
Expansão.
de ter aprendido cores
que aprendo ainda
sublimações de sentir, repetindo
retardando sensações que parecem matar
sentidas de um fôlego
saboreadas lentas como partilhas sentidas
fugas de um real de linhas direitas
como se o sonho de viver
não curvasse mais
Arcos cores e dissabores presentes
sentimentos de eterno
expandindo
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Expanção Exaustão
Compressão.
Recolher na cabeça
as estrelas e o céu
comprimir noite e dia
os sonhos e a vida
que se soltam lentos
aos pedaços
Compressão
Nada parece inteiro
pensar pedras e areia
que recusam o espelhar da água
e no fundo ficam
quietas, pensadas, passadas
Compressão
As nuvens são vapor
que ninguém agarra
as palavras alinham-se
e fazem sentidos sem fadas
repletas de pontos finais
pesadas e sem asas
Compressão
Fechar os olhos e ainda ter
o azul das cores e luz
cintilar de caminhos e partilhas
não dormir os sonhos
são todos a preto e branco
e neles o silêncio foge
Compressão
Da imagem retirar os ângulos todos
uma só feita de milhões
de serem todos, a imagem e parte
da imagem num espelho
numa poça de água invertida
sentida
Recolher na cabeça
as estrelas e o céu
comprimir noite e dia
os sonhos e a vida
que se soltam lentos
aos pedaços
Compressão
Nada parece inteiro
pensar pedras e areia
que recusam o espelhar da água
e no fundo ficam
quietas, pensadas, passadas
Compressão
As nuvens são vapor
que ninguém agarra
as palavras alinham-se
e fazem sentidos sem fadas
repletas de pontos finais
pesadas e sem asas
Compressão
Fechar os olhos e ainda ter
o azul das cores e luz
cintilar de caminhos e partilhas
não dormir os sonhos
são todos a preto e branco
e neles o silêncio foge
Compressão
Da imagem retirar os ângulos todos
uma só feita de milhões
de serem todos, a imagem e parte
da imagem num espelho
numa poça de água invertida
sentida
domingo, 10 de janeiro de 2016
Expansão Compressão Exaustão
Depressão.
Li a trégua de Benedetti
adorei a forma simples de apresentar
morte e vida, decorrer do tempo
linear, cinzento mas faiscante
entendidos e desentendidos e o tempo passa
conforme os que passam.
Depressão.
Depois tudo se expandiu
num sonho de sentimentos
cor excessiva num intervalo curto
de um filme longo, branco e negro.
Depressão.
O conforme regressou, retornou
como se fosse natural
não é
estar vivo, sentir vida e regressar
ao estar sentado e o céu azul parece transportado
nas nuvens que o movem
no sol que a tudo dá cor e caminho.
Depressão.
As noites soltam palavras
fadas dos sonhos
dos encantos de ver, ou não ver
estrelas de haver sempre
até nos olhos fechados
de as querer.
Li a trégua de Benedetti
adorei a forma simples de apresentar
morte e vida, decorrer do tempo
linear, cinzento mas faiscante
entendidos e desentendidos e o tempo passa
conforme os que passam.
Depressão.
Depois tudo se expandiu
num sonho de sentimentos
cor excessiva num intervalo curto
de um filme longo, branco e negro.
Depressão.
O conforme regressou, retornou
como se fosse natural
não é
estar vivo, sentir vida e regressar
ao estar sentado e o céu azul parece transportado
nas nuvens que o movem
no sol que a tudo dá cor e caminho.
Depressão.
As noites soltam palavras
fadas dos sonhos
dos encantos de ver, ou não ver
estrelas de haver sempre
até nos olhos fechados
de as querer.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Encontro
Procuro sons leves
quase inaudiveis
sensibilidades puras
estremecidas
como palpitar
como brisas caricias
Procuro no silêncio
que rompem
mansamente
cortinas que abrem
caminhos que roçam
sentidos que se movem
sempre certos
Procuro
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Válvula de exaustão
Águas calmas na cabeça
demasiado calmas dentro
agito como pedras ressaltando
as turvas águas calmas
todas se afundam fundas
de não as ver( mais) guardadas
durmo ecos agitados lentos
guardados e perdidos lá fundos
universo como linhas finas
que enrolo lentas e corto sem cor
infinito que desamarro passo
a passo de cada momento sem ele
entro no escuro de o querer mais escuro
sem cores para escolher imagens para ver
fogachos ainda vivos teimam surgir
cintilantes como estrelas que não são
no escuro se oprime a luz de a cegar
nas visões dentro novas descansadas
no escuro se faz o silêncio de entender tudo
na ausência de tudo tudo entende-se bem
no escuro de sentir dos passos as marcas
que não ficam nas palavras nas imagens
no escuro caminhar desligando mecanismos
de pensar, de sonhar, de ver e vivendo
no escuro que não dura nada se aguarda
tudo e tudo regressa do cansaço opressivo
no findar de mais um circulo mais um
dos muitos que rodam(na feira) do Circulo
depressão a depressão e o regresso
às cores desbotadas pelo tempo que passa
passatempo de olhar dos pés a cabeça
amarrada a eles de pertencer a eles
momentos de as saber lá não as sentir não as querer
demasiado calmas dentro
agito como pedras ressaltando
as turvas águas calmas
todas se afundam fundas
de não as ver( mais) guardadas
durmo ecos agitados lentos
guardados e perdidos lá fundos
universo como linhas finas
que enrolo lentas e corto sem cor
infinito que desamarro passo
a passo de cada momento sem ele
entro no escuro de o querer mais escuro
sem cores para escolher imagens para ver
fogachos ainda vivos teimam surgir
cintilantes como estrelas que não são
no escuro se oprime a luz de a cegar
nas visões dentro novas descansadas
no escuro se faz o silêncio de entender tudo
na ausência de tudo tudo entende-se bem
no escuro de sentir dos passos as marcas
que não ficam nas palavras nas imagens
no escuro caminhar desligando mecanismos
de pensar, de sonhar, de ver e vivendo
no escuro que não dura nada se aguarda
tudo e tudo regressa do cansaço opressivo
no findar de mais um circulo mais um
dos muitos que rodam(na feira) do Circulo
depressão a depressão e o regresso
às cores desbotadas pelo tempo que passa
passatempo de olhar dos pés a cabeça
amarrada a eles de pertencer a eles
momentos de as saber lá não as sentir não as querer
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