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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Volumesooo.

Tocam-se formas que se afastam
volumes de cor
exterior
que se tocam e se afastam
longamente
instante a instante
o tempo de rasgar um momento.
Fogachos interiores
que se tocam e se afastam
e a cor permanece
exterior.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O encaixar do tempo.


As peças dos dias nem sempre encaixam
o tempo adapta, deforma e forma
encaixa as peças de um puzzle
de peças vivas
de vazios que ficam sempre
vazios
na vida de os ter
de a ter
preenchidos
preenchida
por medidas sempre iguais de espaço
e tempo.

Volumes iguais que se tocam e se contornam
e nunca são iguais ao mesmo tempo
ou fora do tempo todo
fora do dentro
dentro do fora de parecer todos os dias
o acabar de cada um
maravilhosos um a um
encaixados num puzzle de acabar sempre
peça dentro
peça fora
para que nada sobre do que parecia sobrar sempre.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O certo do errado.

O certo e o errado seguem tangentes
que escorregam e se tocam
e até se cruzam
como acidentes que acontecem
que esquecem
no somar das unhas que crescem
dos cabelos caidos
de haver certos de haver errados
de todos cairem
todos certos todos errados
maravilhosos e acabados.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Guardar.

A poesia dos momentos todos
de serem sempre curtos
os guardados
os que ficam fundos
e são sempre poucos
de momentos, de guardados
da poesia toda
dos momentos todos.


domingo, 4 de agosto de 2013

Estrelas e abismos.

A dor está toda no que cada um sente
de estar vivo e não ser de pedra
mas diferente.

Pegada a pegada de nenhuma ser apanhada
depois
no diluir das emoções, do sentir
aos pedaços que passam
quebrados de haver magia
ainda
por quebrar.

Em cada fio fino que agarra o eterno
e o permite ser em cada elo a corrente que desce
e não fundeia
das pedras que sentem
o sentir perdido de cada fio no encontro de cada um
de cada fio
em cada quebrar que engrossa a corrente dos abismos.

Navegar as estrelas em cada enterrar de cada pegada
de uma dor que cada um sente
diferente
sempre.

A dor está toda no que cada um sente
de haver estrelas e abismos
e pedras desfeitas e logo refeitas
indiferentes.

sábado, 3 de agosto de 2013

O acontecer que não acontece.




De vez em quando acontece
o que nem aconteceu
e por isso acontece
o que nem aconteceu.

Entender e se possível sentir
do que passa como sonho
o agarrar que não se pode
para que não se perca
do sonho
o agarrar que o perde.

Acordar tomba o que parecia em pé
sereno e habitual
acordado e derrubado.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Patamar a patamar.

As razões e os sentidos em cada patamar
o entender em cada um
os degraus e as luzes acesas
ou fundidas
de estarem, de ficarem
como metas de segundos
corridas perdidas em cada um
em cada patamar vazio de tudo
e tão cheio de nada
degrau a degrau
segundo a segundo
em cada olhar.
Patamar dos que já foram
e o prender de cada um
o aprender em cada um
o perder um a um.

Palavras.

As palavras enrolam explicações
como contas de um colar
de um sonho certo
enroladas
acordadas.
Palavras atiradas como dados
que retornam revirados
e valem sempre dado por dado
o valor de cada um
e nenhum.