Translate

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A razão de a ter para que se perca

A razão de a ter, de a perder constante, em cada esgar de pensamento retido, em cada sonho que não permita o de todos.
As ideias boas de nunca as ter, as ideias boas de poder viver sem elas.
A razão dos extremos que se afastam de tanto se unirem, a razão do amor que se enrola no ódio, extremos que se unem como farinha do mesmo saco, do mesmo pão, da mesma vertigem, da mesma razão, de nunca haver, de nunca a ver, de ter e de não ter, de ser a razão e morrer.
Um funil estreito espreme razões e certezas, visões, incertezas e todas passam iguais, pássaros que tombam, pássaros que se erguem, sonhos de acordar, cegueira de ver.
Hoje tudo parece certo, caminho incerto espremendo ainda a pausa de ontem, na de hoje, como se houvesse uma daquelas bolas que pincham e não param, a ressaltar constante no vazio da cabeça que a prende, dando ideias como saltos, pensamentos como ressaltos, de um vazio sonoro, pausado.
A razão de a ter para que se perca.



A razão de ter para, para andar e perder.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

7 Elementos do espírito.

5
Tudo é possível do melhor
para o pior.

Do mais pequeno ao maior.

Tudo se situa no seu ponto
o de milhões de escolhas iguais
que nunca o são,
mas passam a ser
no amontoado cinzento
que torna tudo igual
e nos permite existir
e ter vida
alheados do que somos.

Joguetes somos
e nos deixamos ser
dos elementos pequeninos
que nunca equilibram
mas adormecem
o sentir que neles se banha
e não se afoga
de tanto deles beber
não sabendo que o faz.

Maravilhosa possibilidade de sermos
sem o sabermos.