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terça-feira, 18 de novembro de 2014

A divina Vontade.

Os noventa e nove nomes de Allah, deveriam ser os nomes respeitados, de cada um dos crucificados, lapidados ou degolados em nome dele, nas razões que dizem ser as dele.
O misericordioso para os degolados ou crucificados?
O clemente para os lapidados ou para todos, os que estão vivos, e só por isso merecem morrer.

A fonte da paz para os divinos seguidores, corajosos e obedientes, servidores de uma divina vontade que enaltece os irracionais todos, as larvas mais rastejantes só por não serem o que eles são, comprados matadores da dignidade, da única essência divina, a vida e a permissão de a viver com a fé, de haver só uma, a de cada um, uma por uma a Humanidade toda.

domingo, 16 de novembro de 2014

30 minutos jardineiro poeta

Ontem atingi as 1000 visualizações do " 30 minutos jardineiro poeta". No ano passado publiquei dois livros,
em parte a este pequeno filme
o devo,
em grande parte ao meu filho
o devo.
Morto e depois em coma, vegetativo e agora em consciência mínima.
Encerrei muito ao longo destes cinco anos, mortos e afastados, os segundos e as pessoas, marcos e tempo e  minha mãe e esta escrita de agarrar  passagens, de sentir e pensar como se alguma ideia nova, de ensinar vida, de viver, ainda houvesse  por descobrir e encerrar.
As "filias" e os "ismos" que nascem e crescem, a fé e as religiões que se fazem tudo e nada são sempre,
neste ter o mal e o bem encerrados na cabeça e nem deles sentir os limites.


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, isso tenho em mim todos os sonhos do mundo.


De Pessoa-Campos a génese dos sonhos todos, dos pesadelos como ideias que se criam brisas, que se fazem tempestades que acabam e recomeçam neste insano pensar o real e o sentir depois, como sons desfasados das imagens que correm sempre, o tempo, que por elas corre.

De Fernando Pinto do Amaral.

O eu sentir quando penso
e pensar enquanto sinto
origina um labirinto
onde me perco e convenço
de que tudo é indistinto,

de que o mundo se organiza
desorganizadamente
nos recônditos da mente
como uma ideia imprecisa
que quando se pensa, sente
...........................................

Do "Apócrifo pessoano" esta poeira de sentir, poeira que para muitos foi o inicio, poeira de pensar e sentir, criar e desfazer, agarrar e perder sempre.
Bolor do tempo de o pensar, de querer entendido o que é para ser vivido.
Amarras de querer firme, a incerteza que baloiça constante, o enjoo certo de viver.

Perco-me, calado se possível, quando ouço pessoas certas, de ideias certas que eu só sinto como balões cheios. Quando penso ficam vazios de o vazio ser meu.
As palavras de sempre já foram ditas e escritas todas e nenhuma ficou esquecida. As palavras de nunca foram sempre as melhores, escorrendo sempre livres das peias, teteias de um fogo extinto nunca.
Caminhos um por cada um, fé uma ao jeito de cada um, soluções todas como linhas cruzadas, enredadas e cortadas todas, como acordes que o tempo não prolongou mais, como sons de os ter havido, como variações de uma fuga permanente.






Pessoa em qualquer edição
Fernando Pinto do Amaral - Dom Quixote ou como no meu caso , revista Visão
Jorge Braga por encomenda na FNAC ou editores.
"Actos Necessários" CHIADO
"Negro Luminoso" EDITA-ME
O terceiro está entregue, mas o segundo, que na minha opinião, se elevou muito acima de mim, necessita de ser divulgado, mais, muito mais e eu continuo no recanto das coisas pequenas que se fazem enormes, aguardando comentários, prometidos muitos, aguardando.





























quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Caudal que não se fecha.

Os extremos coexistem
enrolam e cruzam noções e sabores
desenrolam pontas que se tocam
faiscas que se repelem e logo se unem

amargas ou doces, sensatas ou não
repetindo infinitas, as mesmas, sensações, ventura, ilusões
as mesmas variações de um som
que nunca acaba,
eco de si mesmo
mutante permanente de estar vivo
demente veemente silêncio das palavras todas
no jorro todo de estar vivo.

Os extremos existem
inventam razões de ser
redescobertas de estar
reinventam a diferença no jorro de ir
no pulsar de acabar
de cada riacho o rio que continua lento
ou insano, emparedado
turbulento.
Continua por fechar.

sábado, 1 de novembro de 2014

O VAZIO DOS SONHOS.

Olho do exterior o Infinito de haver sempre mais
olho do interior este infinito de haver sempre menos.

As perversões todas, os extremos todos
rodopiam em cada ser
e as ondas de encher e as ondas de vazar
fazem-se eternas no curto gotejar de cada vida.

As possibilidades todas, as verdades e as mentiras
o incompleto de tudo e o completo de nada
ondulam razões, maravilhas e perdições
como cores primárias esquecidas do infinito de tons
esquecidas das igualdades que se fazem desigualdades
em cada pincelada, em cada som que rompe o silêncio de ser.

O correr dos segundos
com a noção de serem sempre corredores
de por mim correrem.
Cada pedaço, cada caminho, cada vida, cada morte
cada extremo escorrido e de novo solidificado
no gelo da incompreensão
das possibilidades todas
que se fazem gotas de encher o lago
de afundar tudo
sempre.

Olho dos extremos, as voltas que os enrolam
no regresso de todos, a tudo ou a nada.
Compreender, conviver, entender e aceitar
a razão de morrer sempre sem ela
em cada agigantar do desconhecer
em cada gota migalha de conhecer nada.

Palavras sempre repetidas nesta igualdade
de as sentir sempre diferentes.

13 PONTOS DE VISTA.



5
O que sou a ele o devo
no sublimar do que fez
no estancar que se recusa
deste sofrimento que me sufoca.

Nos momentos de crescendo
desta musica constante
que por ele
a minha cabeça constante
repete
acorde por acorde na recusa constante
do esquecimento dos bocados todos
os bons e os maus
que agora são todos saudades
do que para sempre se perdeu
e a cabeça guarda
com a culpa que pensa
não ter
enquanto o corpo todo sente
fremente
a culpa toda que sente.