Translate

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Recordação de ser.

Ficou de recordação
este sentir de aquário
este sentir dos oceanos todos
em cada gota
em cada olhar de não haver paredes
para o infinito
ou haver infinito por transportar
em cada olhar.

Olhar vazio
recordado sem palavras
sentido sem paredes.

Desamarrado recordado
de cada copo em cada bocado
os copos todos
os vazios e os cheios e os limpos
de tudo ser visto de um lado
de dentro
de fora
de tudo parecer que pertence
de tudo ser.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Tempo

A beleza da minha mãe, aos altos e baixos persistiu ondulante desde que nasci até morrer. O meu Vítor olhou dela, fotografias antigas, descobriu da velhota chatinha a beleza que eu nunca perdi.
Toneladas de sentimentos choro e riso, ausências e presenças e o desenrolar veloz da fita dos dias, das cinzas dos dias, da beleza de ter sido e acabado.

terça-feira, 28 de maio de 2013

LEV literatura em viagem.

E o peso de ouvir as mutações de um tema, um iberismo carregado das dificuldades de agora, dos nacionalismos latentes em cada pedaço de terra. Variações que se alongam até ao infinito, de cada um, curto mas de tantas linhas que todos sonham rectas e depois são curvas e mais curvas que sobem e que descem pelas opiniões cruzadas e logo afastadas, pelas pedras que se afundam sempre, pesadas no consenso de todas se afundarem.

domingo, 26 de maio de 2013

LEV. Literatura em viagem

Leve de ouvir Pessoa num sotaque castelhano, leve de ouvir novidades, de serem sempre diferentes as versões e as partidas de cada um nesta viagem de partir quieto pelo Mundo e seus arredores, na barca de Pessoa sem pedras nem jangadas, mas com pessoas.
Qual é o lado da janela que permite olhar o dentro? O das visões, o espelhado de tudo se recolher dentro e as partidas serem só de estar , os bocados de sentir, os mais cansados de serem do sonho os agarrados.
Ver Mundos de olhar dentro, perder mundos de os olhar na pressa de ver tudo.
As pedras que rebolam desgastam delas o não terem permanecido quietas e a calçada quieta anda, só e sempre, os que nela andam, guardando sempre a face que ninguém viaja.
Raios em todo o Mundo se unem ao Sol, ao quieto universo de sentir, de imaginar viagens ou partidas constantes...

Gostei do piano mas não ouvi quase nada do opiário.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

É sempre menos uma.

Tentar a perfeição no escrever
no pensamento sempre inconsequente
seria
ou talvez seria
do que a nada leva
o falar de um grão de areia
nos dedos rebolado
e descrever dele sensações tantas
texturas inimagináveis
fazer dele um universo
de o poder nos dedos rebolar
para o deixar cair
e não o encontrar mais
nos universos rebolados
que se encontram nos cantos todos
nas esquinas todas
arrumados por uma brisa leve
de que se pode falar
como se fosse
as tempestades todas
na caricia de a sentir correndo
escorrendo  como gotas de um mar inteiro
de as haver como ideias vazias
de as poder ter ou encher
de um vazio de cores novas
como casacos virados
como páginas molhadas
no virar de cada uma como mais uma
no virar de cada uma
e é sempre menos uma.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

LEV literatura em viagem 2013

A

Conferência inaugural

Salão Nobre dos Paços do Concelho
24 de maio | 21.30
Esta conferência inaugural será proferida por Jerónimo Pizarro e terá como tema Fernando Pessoa, cujos 125 anos sobre o nascimento se celebram em 2013. Após a conferência inaugural, haverá lugar a uma leitura encenada de alguns textos de Pessoa.

Mesas

1. O elogio do Iberismo
Biblioteca Municipal Florbela Espanca
25 de maio | 11.00
A pujança de países sul-americanos, como o Brasil e a Colômbia, será um bom pretexto para reforçar os laços ibero-americanos? Podem Portugal e Espanha desenvolver uma estratégia conjunta de desenvolvimento com os países com que partilham o idioma? A que distância estamos de constituir a Jangada de Pedra de José Saramago?
Moderador: Joel Cleto.
Participantes: Pilar del Río, Jerónimo Pizarro, Valter Hugo Mãe e Alexandre Honrado.

2. Portugal do nosso descontentamento
Biblioteca Municipal Florbela Espanca
25 de maio | 15.30
É este o país que esperamos? O que falhou nos últimos 40 anos? Neste debate pretende-se discutir, mais do que o papel dos políticos e dirigentes, os erros cometidos pela sociedade no seu todo. Há falta de comprometimento? Há uma cultura de desinteresse pela construção do país?
Moderador: Pedro Marques Lopes.
Participantes: Eduardo Pitta, José Rentes de Carvalho, Francisco José Viegas e Pedro Vieira.

3. Viagem ao centro do futuro
Biblioteca Municipal Florbela Espanca
25 de maio | 17.30
Moderador: Miguel Soares.
Participantes: Júlio Magalhães, Afonso Cruz, Alberto Santos, Fernando Pinto do Amaral.

4. A língua portuguesa é uma festa
Biblioteca Municipal Florbela Espanca
26 de maio | 15.30
 24 de Maio de 2013, 25 e 26.

REPETIÇÂO "Actos Necessários" Jorge Braga

O meu primeiro livro que foi apresentado a 23 de Março na Biblioteca Municipal de Matosinhos" Florbela Espanca" está finalmente disponivel. A Editora Chiado enviou-me a lista das livrarias, que eu divulgo a seguir e de novo convido para "mcregional.tv" quem quiser assistir a um pequeno resumo da apresentação.

O livro pode, neste momento, ser encontrado nas seguintes livrarias:

Livraria Les Enfants Terribles
Rua Bulhão Pato, n.º 1
1700-081 Lisboa

Livraria Nun’Álvares
Rua 5 de Outubro, n.º 59
7300-133 Portalegre

Livraria Papelaria 115
Praça 8 de Maio, n.º 29
3000-300 Coimbra

Livraria Branco
Rua Dr. Roque Silveira, n.º 95
5000-630 Vila Real

Livraria Caminho
Rua Pedro Santarém, n.º 41
2000-223 Santarém

Representações Online
Praça do Comércio, n.º 108
4720-337 Ferreiros AMR

Livraria BrincoLivro
Rua Alexandre Herculano, 301
3510 – 038 Viseu

Livraria Universo
Rua do Concelho, n.º 13
2900-331 Setúbal
 
Livraria de José Alves
Rua da Fábrica, n.º 74
4050-246 Porto

Livraria Esperança
Rua dos Ferreiros, 119
9000-082 Funchal

Nazareth e Filho
Praça do Giraldo, 46
7000-406 Évora

Livraria Graça
Rua da Junqueira, n.º 46
4490-519 Póvoa do Varzim

Aliete S Clara Brito
Avenida 25 de Abril, lote 24 R/C
8500-511 Portimão

Culturminho
Rua Dr. Francisco Duarte, n.º 319
4715-017 Braga
 
Está disponível online no nosso site e brevemente na wook, na bertrand Online e no Sítio do Livro.

É possível, também, encomendá-lo em qualquer balcão Fnac, Book.it, Bertrand e Bulhosa

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Estrelas de as ter dentro.

Feito refeito e mais que feito
no que muda mas mantém
na mudança
a ideia que já se perdeu
mas contudo persiste
de ser, de ser feito
numa ideia que se perdeu.

É do mar ou do penedo
a depositada areia no fundo?
Do esforço ou do tempo
do anda que deixa andar
ou de isto tudo parecer emprestado
em cada momento bom
em cada momento mau?

Vagas sempre certas
acertam sem pressa
nos momentos todos, sempre certos
na areia fina que enterra os pés
enquanto olhar o imenso
permite sentir o vazio
de ter estrelas dentro
imensas
no vazio de as ter dentro.

Fechos para o que não se fecha
para o que fica feito e depois é refeito
perdido antes de ser
mais que feito antes de estar
sempre a mudar, sempre igual
numa ideia que persiste redonda
com estrelas dentro.

domingo, 19 de maio de 2013

Copos de encher e acabar.

Emitem sons próprios
numa melodia dos sons
todos, tão frágeis
mas carregando sempre
qualquer coisa diferente
no tamanho na cor
ou na forma, que envolve
cada som diferente.

Alguns tocam-se
e só de se tocarem
partem.

Vibram num som de cada um
que se une
num som comum
e partem cheios ou vazios
meios ou nem isso.

De gotas ou de nada
todos emitem sons
que se ouvem
repercutidos...dentro
em cada esganar dos sentimentos
em cada morrer das sensações.

sábado, 18 de maio de 2013

O vazio durante.

Antes e depois é o vazio.

Antes nas águas límpidas de parecer
que tudo
nelas
pode caber.

Depois nas águas sujas de parecer
que nada
nelas cabe
vazando
deixando traços que o tempo come
no escorrer que as some.

Durante esvaziam-se as sensações
de nunca serem completas
arredadas no respirar de outras, no sonhar de outras
no viver que se confunde
em cada orgasmo de não acabar
por sonhar, por respirar, por morrer.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Visões de ovelhas adormecidas.

Fazem-se novas as noções
mutantes ao som do segundo
que varia e avaria cada pedacinho
cada entendimento
cada zunir de cada palavra
insecto
viva e diferente em cada uma
em cada um.

As linhas mudam
desalinham e de novo alinham
como vagas de uma maré dentro
de insónia
de sentidos e de palavras, num jogo de repetir
sempre
o que nunca é igual.
Nem o negro nem o branco se repetem
neste jogo bloqueado de repetir
o que nunca se repete
nesta insónia de ser
de estar.

Duvida que vive
enrolada em si mesma
duvidando de tudo
sem covil nem processo
num dia noite de Magritte
num Kafka publicado em vida
sem o fumo  de tantas suásticas sem culpa
com sono tanto sono de cachimbos
de fumo de insonia.

Nem as ovelhas que saltam
nem a cerca que saltam
parecem iguais
neste ondular de imagens
nítidas
nos olhos que as fecham.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Escolhas de nunca prender.

Sensação de encruzilhada
parar e sentado
ficar
olhando os caminhos todos
cansado.

Depois erguer e recomeçar
andar às voltas e escolher sempre
o mais certo
o caminho sempre certo
de serem todos encruzilhadas
de nenhum retorno.

Ilusão como pontos unidos
num segundo de mentira
que é fim
que é ... afinal verdade
a de uma vida inteira
repleta de mentiras
mas sempre verdadeira.

Garrafas sem fundo
ou borras de um fundo de tempos idos
miragens de gotas ainda recentes
e já engarrafadas.

O que fazer das sensações
de serem ou parecerem
o sustento do que as segura.

É do vento do tempo ou do momento
este escorrer de areia ou dedos
de agarrarem nada
e serem ou parecerem sempre
tudo
interrogado grão a grão de areia fina
cada vez mais fina.

E o tempo
o que é feito dele?

o de todos, o de ninguém.

O existir é verdade mas a mentira também existe
e assim se faz verdade igualmente.
No aceitar de cada segundo a verdade de cada um
como pedras de um caminho sempre por percorrer
como tijolos de um lar de ninguém.

Sempre do que ainda não veio
a perfeição que se perde em cada passo dado
a perfeição que se ganha em cada passo dado
das coisas serem sempre
a fracção permitida neste caminho de escolhas
constantes
diluídas nas escolhas constantes
que sucedem em cada encruzilhada
de aperfeiçoar cada pedaço deste caminho imperfeito
como maldição do infinito fraccionado
em cada chama de existir.

Dormir ou não dormir, eis a questão?

Os minutos passam gordurosos, lentos
e não param
como carneiros ao retardador
cansados ou perdidos das contas
de andar sem sair do sitio
de olhos fechados.

Recordar tempos, momentos
vidas e mortes
acontecidos e perdidos
na insónia que percorre os segundos todos
gordurosos.

Pardos de os remexer a todos
num tempo parado, sempre igual
de estar quieto, remexendo de olhos fechados
o que pareceu tudo, o que pareceu nada
e agora só sente este cansaço
esta doentia incapacidade
de adormecer os instantes
gordurosos, cansados e lentos.

terça-feira, 7 de maio de 2013

" Actos Necessários" de Jorge Braga.

O meu primeiro livro que foi apresentado a 23 de Março na Biblioteca Municipal de Matosinhos" Florbela Espanca" está finalmente disponivel. A Editora Chiado enviou-me a lista das livrarias, que eu divulgo a seguir e de novo convido para "mcregional.tv" quem quiser assistir a um pequeno resumo da apresentação.

O livro pode, neste momento, ser encontrado nas seguintes livrarias:

Livraria Les Enfants Terribles
Rua Bulhão Pato, n.º 1
1700-081 Lisboa

Livraria Nun’Álvares
Rua 5 de Outubro, n.º 59
7300-133 Portalegre

Livraria Papelaria 115
Praça 8 de Maio, n.º 29
3000-300 Coimbra

Livraria Branco
Rua Dr. Roque Silveira, n.º 95
5000-630 Vila Real

Livraria Caminho
Rua Pedro Santarém, n.º 41
2000-223 Santarém

Representações Online
Praça do Comércio, n.º 108
4720-337 Ferreiros AMR

Livraria BrincoLivro
Rua Alexandre Herculano, 301
3510 – 038 Viseu

Livraria Universo
Rua do Concelho, n.º 13
2900-331 Setúbal
 
Livraria de José Alves
Rua da Fábrica, n.º 74
4050-246 Porto

Livraria Esperança
Rua dos Ferreiros, 119
9000-082 Funchal

Nazareth e Filho
Praça do Giraldo, 46
7000-406 Évora

Livraria Graça
Rua da Junqueira, n.º 46
4490-519 Póvoa do Varzim

Aliete S Clara Brito
Avenida 25 de Abril, lote 24 R/C
8500-511 Portimão

Culturminho
Rua Dr. Francisco Duarte, n.º 319
4715-017 Braga
 
Está disponível online no nosso site e brevemente na wook, na bertrand Online e no Sítio do Livro.

É possível, também, encomendá-lo em qualquer balcão Fnac, Book.it, Bertrand e Bulhosa