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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Conflitos.

Mutações imperceptíveis, nuances
de nuances, noções de aprender e desaprender
valores que são, valores que não são
mas ficam espalhados e sem prestimo
por campos e campos sem razão
na terra de ninguém, na culpa de ninguém.

Campos sagrados de milho ou de areia
de sangue e destroços.

terça-feira, 15 de julho de 2014

O dia todo.

Todos os dias, ao longo e durante o dia todo se fazem as palavras de as poder perder, o dia todo.
Simples registos que a cabeça arrasta, moldando e guardando os mais salientes, os que arranham, os que persistem no tempo e nas sensações, como marcos de olhar, de reler, de sentir o que muda e o que parece, nesta mudança constante, não mudar.
Registos simples que se complicam no tempo, como gotas caídas lentas, formando lagos lentos e opacos. A luz dentro permite sombras de as ver fora, marcas ténues, de sentimentos e sensações, de os erguer, de os perder, de os manter nesta ilusão feliz, de tantas cores novas alcançadas, em cada corsensação perdida.
A luz de dentro, a de apagar e de novo acender, a razão e os motivos que se afogam e logo se pescam de novo. Brilha limpa pelo tempo que a não fundiu ainda, brilha nas névoas velhas, no presente, no futuro, no criar e no desfazer de ilusões, sempre novas no erguer de cada uma, sempre iguais em cada diferença de cada uma. O que mais importa é um vazio fundo que se guarda silencioso, o que mais importa circunda os sonhos dentro e vive nos limites de dentro...............................................................
O que mais importa está sempre fora, nas linhas sempre rectas que se encurvam dentro.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

3 de Julho de 2009.

3 de Julho de 2014. O tempo passa de não pertencer a nada, fica encalhado, emprestado às ondas que o trazem e o levam. Aquários de os tentar, guardados de estarem sempre perdidos, no tempo, ao tempo, pequeno como areia dispersa, pedra desfeita que de novo se junta, ao tempo, com tempo...

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A Sophia e o meu Luís quieto.

A Sophia no Panteão e o meu Luís a suspirar, com os meus afagos lentos de não querer agitar o sossego que me permite. Discursos de não dizer nada, rodear as palavras de um vazio constante, que as permita crescer, inchar num estouro de circunstância vazio mas festivo.
A Sophia marçana de vida de amor e poemas, enrola num mar sereno, de ondas e felicidade, as palavras todas de as ter feito de todos, viva, sem Panteão, viva de um infinito que viveu.



terça-feira, 1 de julho de 2014

A normal.


Normal é um arrepio.

Soma de somas que a nada levam
além do erro de uma conta que se desconta em cada instante.

Anormal sempre, em cada momento de o serem todos
quietos no espaço, quietos no rebobinar normal
de cada momento
quieto, a, normal.

Todos iguais de nunca o serem.
Iguais ou diferentes?
Todos diferentes de nunca o serem.
Diferentes ou iguais?

Diferenças pequenas
no que aparenta, no que parece
no que é de nunca o ser
riso de o ter, de o não ter
riso de ser a verdade do engano
riso de ser a verdade dos dias todos
os dias e os enganados
todos
os dias todos.

Colham diferenças
por mim
que as sinto sempre iguais
de as ter, de as sentir
de as ser e de assentir
o estar de pé, o sentir de nada
o nada que permite tudo
neste vazio de palavras plenas
de um vazio que enche
os sentidos, as palavras e o vazio repleto de sons
de não os ouvir.