O tempo marca ao sabor de nada,
as datas todas que se fazem tudo,
um passo a menos,
um passo a mais,
neste girar de sensações se fazem as voltas,
de as ter dentro e fora
das passadas de nascer e ainda permanecer
Outono e Primavera neste cair e depois erguer
ter a melodia de hoje neste Inverno de ontem
saborear o calor deste estio de amor e dor
como mais e como menos
passos a dar, passos por dar
leves como inspirar beleza nos recantos mais feios
levemente se marcam momentos
no circulo mutante de cada um...mês a mês...ano a ano
acrescentando sensações, descontando tempo
acrescentando tempo, descontando sensações
Palavras como gente, gente como cor de correr e escorrer
rios de sensações, riachos de emoções
medindo cada instante, cada gota, cada areia do infinito que passa indiferente
pela mão que se deixa percorrer no perder de cada instante
luz que se encontra na sombra sempre à frente
das datas marcadas se fazem as recordações...momentos quietos
recuperados como ecos, livros relidos de sempre novos
de haver passos por sonhar ainda, paisagens que o horizonte procura...
ainda
em cada segundo de saciar ainda
confinado ou navegando, consigo ainda as velas brancas
ardentes de um pôr do sol permanente
o silêncio do nascer de cada instante
da Poesia que nenhum papel guarda
da melodia que nenhum papel toca
navegando confinada a este curto infinito, neste estreito universo