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terça-feira, 30 de março de 2021

A incerteza do tempo certo.

 O tempo marca ao sabor de nada, 

as datas todas que se fazem tudo, 

um passo a menos, 

um passo a mais, 

neste girar de sensações se fazem as voltas, 

de as ter dentro e fora 

das passadas de nascer e ainda permanecer


Outono e Primavera neste cair e depois erguer

ter a melodia de hoje neste Inverno de ontem

saborear o calor deste estio de amor e dor

como mais e como menos

passos a dar, passos por dar


leves como inspirar beleza nos recantos mais feios

levemente se marcam momentos

no circulo mutante de cada um...mês a mês...ano a ano

acrescentando sensações, descontando tempo

acrescentando tempo, descontando sensações


Palavras como gente, gente como cor de correr e escorrer

rios de sensações, riachos de emoções

medindo cada instante, cada gota, cada areia do infinito que passa indiferente

pela mão que se deixa percorrer no perder de cada instante

luz que se encontra na sombra sempre à frente


das datas marcadas se fazem as recordações...momentos quietos

recuperados como ecos, livros relidos de sempre novos

de haver passos por sonhar ainda, paisagens que o horizonte procura...

ainda

em cada segundo de saciar ainda


confinado ou navegando, consigo ainda as velas brancas 

ardentes de um pôr do sol permanente

o silêncio do nascer de cada instante

da Poesia que nenhum papel guarda

da melodia que nenhum papel toca

navegando confinada a este curto infinito, neste estreito universo