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domingo, 30 de junho de 2013

125 PESSOA

Pessoa é um enorme bolo que toda a gente tenta cobrir. Nada se contradiz em Pessoa, o dia não é a noite mas ambos se sucedem e se fazem coerentes.
Cortem desse bolo fatias finas de Eternidade impossivel, as vidas de não as ter vivido viveu-as com a força de ter uma verdade para cada uma.
Viagens de as fazer nos sonhos trocados, revirados e remexidos nas viagens muitas de as ter na cabeça de existir.
Desculpa Mário Viegas mas o caixão hoje dança e remexe nas coisas certas de eu ter ouvido Pedro Lamares e ainda não sei do que ouvi os sons que poderão ser meus, marés ventos e estrelas de as ter lá no alto, fundas de as sentir nos pés que as olham sempre, antes, antes de as sentir, enterradas lá no alto.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Mandela.

Uma canção dolente e um refrão constante, cor a cor se faz do branco um arco-íris, de cores perdidas e  reencontradas, em cada morte em cada vida de cores sempre novas, de haver caras de haver opções como aparência de caminho, neste sumir de tempo que é o caminho de ser, caras novas, caras velhas, somas que se somem. Papas vão e o Papa com fumo vem, Gandhi foi Mandela vai e as fundações ficam e os extremos permanecem e as imagens são todas feitas de minusculos pontos, todos diferentes, milhões e milhões de nem os ver.

terça-feira, 25 de junho de 2013

3 de Julho de 2009.

A felicidade do que há
o aceitar do que fica
um dia, sempre um de cada vez
em cada regresso, em cada afago
de o ver ainda, ainda vivo.

quatro anos de dias somados
quatro anos de o ter tido

morto
nos braços.

O sonho é sempre feito de impossíveis
de tempo que não se apalpa
de universos que não se abarcam
de infinitos escorridos
das mãos abertas
que até no sonho acordam.

As cores mudam sempre
sempre alheias da vontade do que pintam
sempre no tempo de as ter
de as ter
mesmo quando findam
no tempo de o ter
ainda
como caminho.

Sentir o perder de cada cor
nas cores que se renovam sempre
em cada fechar de ciclos, de círculos de nada
de só conterem tudo
aos pedaços do que calha
em cada respirar de o ter
repetido e já usado
de o ter repetido e usado.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A paisagem dentro...

A paisagem
é o momento único
de o serem todos
mas nem todos o parecerem
momentos de flores, de jardins
de festas e de funerais.

Festas de despedir momentos
como paisagens
vistas da janela
de estar dentro
de estar fora
de nem estar.

Rebuscar areias e cimentos
e amassar
a cor dos momentos
a de cada um
na cor de todos
e de nenhum.

Paisagens que voam
dentro e fora de as sentir
sempre
dentro.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Repetição " Actos Necessários"

O meu primeiro livro que foi apresentado a 23 de Março na Biblioteca Municipal de Matosinhos" Florbela Espanca" está finalmente disponivel. A Editora Chiado enviou-me a lista das livrarias, que eu divulgo a seguir e de novo convido para "mcregional.tv" quem quiser assistir a um pequeno resumo da apresentação.

O livro pode, neste momento, ser encontrado nas seguintes livrarias:

Livraria Les Enfants Terribles
Rua Bulhão Pato, n.º 1
1700-081 Lisboa

Livraria Nun’Álvares
Rua 5 de Outubro, n.º 59
7300-133 Portalegre

Livraria Papelaria 115
Praça 8 de Maio, n.º 29
3000-300 Coimbra

Livraria Branco
Rua Dr. Roque Silveira, n.º 95
5000-630 Vila Real

Livraria Caminho
Rua Pedro Santarém, n.º 41
2000-223 Santarém

Representações Online
Praça do Comércio, n.º 108
4720-337 Ferreiros AMR

Livraria BrincoLivro
Rua Alexandre Herculano, 301
3510 – 038 Viseu

Livraria Universo
Rua do Concelho, n.º 13
2900-331 Setúbal
 
Livraria de José Alves
Rua da Fábrica, n.º 74
4050-246 Porto

Livraria Esperança
Rua dos Ferreiros, 119
9000-082 Funchal

Nazareth e Filho
Praça do Giraldo, 46
7000-406 Évora

Livraria Graça
Rua da Junqueira, n.º 46
4490-519 Póvoa do Varzim

Aliete S Clara Brito
Avenida 25 de Abril, lote 24 R/C
8500-511 Portimão

Culturminho
Rua Dr. Francisco Duarte, n.º 319
4715-017 Braga
 
Está disponível online no nosso site e brevemente na wook, na bertrand Online e no Sítio do Livro.

É possível, também, encomendá-lo em qualquer balcão Fnac, Book.it, Bertrand e Bulhosa

O tempo

A fuga do que é importante,
colocado ao lado para não encandear,
ultrapassado de nunca o ser
na luz que produz sombras como  se os caminhos se alongassem,
marcados no escuro de ser.

Marco importâncias enormes e fico pobre de olhar delas,
patamares,
lonjuras,
horizontes que se alongam no riso de o sentir triste,
no choro de o sentir num canto,
perdido de certeza,
alegre em cada fotografia que o tempo queimou
amarelecendo as visões de momentos,
segundos esboroados brancos de apagados,
negros de permanentes.

Reter o que mais importa
o tempo
só o tempo
de o sentir
importante.