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domingo, 31 de dezembro de 2017

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Passos miúdos como conversas de dizer nada, ocupam o tempo todo e dizem tudo, sem pressa, no respirar de cada palavra, no sonho que fica entre tudo e o nada delimitado, pelo sentir de tudo em tudo..........
O tempo permite sentidos, que o tempo permite sentidos, vagas de sensações de espuma e cor diferente, ondulam e pintam, profundos vales e montes, da cor que apetece e do som que vibra nos tímpanos, encerradas sensações estremecidas.........
Esferas de segundos, preenchem as esferas de minutos........ de quantas cores se preenche a esfera dos 365 dias e noites?
?de quantos cinzentos se faz o negro
?de quantas arestas se faz o circulo burilado
o branco não ocupa espaço, está aqui e acolá, é o fundo das imagens todas, é a massa que tudo envolve, é o som antes do som, o eco que se escapa entre os sons, labirinto de contornar palavras, páginas e páginas de visões encerradas, entre linhas de sons esquecidos.......
De quantas tolices se faz a tolice de estar vivo, de quantos passos se faz o caminho direito, de andar às curvas, esquerda e direita e na rotunda sempre a direito, neste passo de apalpar caminho e o tentar sentir todo, em cada pergunta por interrogar, em cada resposta por acabar......
A paisagem dos dias e o sonho das noites, passam alheios como Poesia vagueando, passando para só serem, a paisagem, a nostalgia no que fica passeando os sentidos embotados, na novidade, maçã enrugada de um Estio doce e frio.....
O vento irrompe  de tudo  e atiça o pensamento de nada, estrelas que ninguém pode, em tudo passeiam e ocupam o espaço todo, como bolhas de sabão estourando e colorindo o tempo, enquanto dura o vento que as sopra de nada e as faz tudo, enquanto dura...