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domingo, 10 de setembro de 2017

.todas e nenhuma.

tenho das palavras
o silêncio impossível
de as ter a todas
e nenhuma

emprestadas

são do silêncio que as percorre
o labirinto das perguntas

de nenhuma resposta

percorridas por brisa que não se prende
nas palavras
esgueiradas
contornadas

arredondadas

são do uso que as enche
o infinito vazio que as preenche

de um tempo polido por tempo






Palavra horizonte

A palavra é uma imagem
repleta de som e cor

desliza janela de uma paisagem quieta
fundida nas linhas que unem tudo a tudo

A palavra é opaca
é de um espelho as duas faces negras

da janela de olhar  nem reflexos se avistam
e a lua é um quarto escuro  longe do sol

A palavra é musica
"floreando" verdades e infinitos

da janela se avistam caminhos por fazer
nas flores que ainda brilham  de já feitos

A palavra é um furacão
de arrumar ideias perdidas  pelos cantos

no centro se arrumam verdades das cores todas
todas unidas pela janela de as ver  varridas e lentas

A palavra é um desfilar
de perder os sentidos   menos

aqueles que ficam guardados na janela de os ter dentro
teias de nostalgias   linhas de poesias

A palavra é um raio de luz
que ilumina a parede da sombra

da janela de ver tudo  só  é visto o que se pode
e é tudo( de ser nada) na linha do horizonte