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segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
domingo, 16 de dezembro de 2018
...gostava...gostava...
Gostava..........
deste percurso
sentir a força de cada elo
desta corrente que não sei se enrola
ou só desenrola
o atrito das sensações
o desgaste das emoções
em cada travar de areia fina
gostava de escrever
como quem marca segundos
no automatismo de um coração
feito caneta
escorrendo tinta
na brancura de um papel desenrolado e sempre branco
do que ainda não passou
nas marcas das cores todas do que já foi
de caminho palpitante
nos segundos todos
caminham as linhas
pelo comboio que enferruja
no apeadeiro
do sossego
dos destinos
todos
Paisagem
como janela
de olhar e sentir dela
o passar como conta
de somar sempre
gotas
que se fazem o universo
de as sentir a todas
negro de o sentir todo
em tudo
branco de o sentir em tudo
como silêncio dos sons todos
colorindo a Paisagem
sem janela
que desfila nas linhas
de as ter dentro
desta ferrugem de pensar
e sentir
deste navegar sem fim
os pedaços todos
quietos
2 O encontro das diferenças
5
No sonho sou sempre criança
e há doces
e o armário é alto
e eles estão lá
e eu não lhes chego.
6
As musas já findaram
o que fizeram já não fazem
em doentias palavras de fastios
individuais enforcadas
em estrume de tantas mortes
inúteis sufocadas
acabaram.
Delas resta no espírito de quem
não as tem
a morta recordação
que sem desejo de as ter as
deseja
enquanto visões impossíveis cegam
quem as persegue e nada consegue.
7
Sinto sem sobressaltos o que
sinto.
Dolentes me sossegam sensações
que me embalam como se fossem
minhas
e me aceitam.
Sinto sem sobressaltos o que
sinto
fugindo dos cumes que não me
erguem
ou das fossas que não me
enterram.
Sinto sem sobressaltos o que
sinto
enquanto metamorfoses que nunca
sonhei
me fazem igual a tudo mais igual
que tudo.
Sinto sem sobressaltos o que
sinto.
8
Afogo-me em falhanços
que cioso resguardo
e sereno me mantenho
enquanto procuro água
no deserto em que vivo
e sem que me afogue sobrevivo
sem sede
ao morto que arrasto comigo.
domingo, 9 de dezembro de 2018
Para P. Sabag
Pensar é colorir
dar cor aos momentos
atravessar cada gota
como cada segundo que passa
daltonismo de todos
neste espelho dos reflexos vertiginosos
nesta realidade que se reproduz
infinita
pensar é um silêncio
que percorre vazios preenchidos
paisagens quietas
de as pensar movendo-se
ecos de os sentir a todos
ressoando sons adormecidos
de os ter quietos e reais
eternos
pensar é ocupar
o vazio silencioso do tempo
com este frenesim de viver
cada grão fino que se vai
praia e oceano das cores todas
molhadas e secas e sempre incertas
neste vento tempo que as faz certas
perfeitas
dar cor aos momentos
atravessar cada gota
como cada segundo que passa
daltonismo de todos
neste espelho dos reflexos vertiginosos
nesta realidade que se reproduz
infinita
pensar é um silêncio
que percorre vazios preenchidos
paisagens quietas
de as pensar movendo-se
ecos de os sentir a todos
ressoando sons adormecidos
de os ter quietos e reais
eternos
pensar é ocupar
o vazio silencioso do tempo
com este frenesim de viver
cada grão fino que se vai
praia e oceano das cores todas
molhadas e secas e sempre incertas
neste vento tempo que as faz certas
perfeitas
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