Translate

sábado, 31 de outubro de 2015

Faltam.

A palavra é bela
se atrás dela se produzir um pensamento belo.

Alinhadas na cabeça que as perde
de tantos meandros, tantos lagos, de afundar sonhos.

Alinhadas na paisagem que as esconde
tão visíveis que parecem mentira
tão nítidas que cegam a lógica
e derrubam o real na linha do horizonte
longe, longe no sonho que se abriga
nas mãos escorridas.

Nem o papel, nem este ecran
são silenciosos,
apetece rasgar esta brancura que berra
escrever silêncios melodiosos
de os ter a todos
de já os ter tido
de agora serem presentes descobertos
na poeira que se ergue
com esta brisa constante.

Noções de vazio neste encher
de nunca o conseguir
de cada passo
sentir a falta do seguinte
de cada ponte um novo pensamento
para os que faltam
ainda
melodiosos, silenciosos
amorosos
vivos.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Palavras repletas de cor de...

Dissecar palavras, falando
escrevendo, procurando
no subir, no descer
no passo que se alonga
e logo encurta
neste olhar das passadas, o terem ido.

Marcas dissecadas antes
e depois
no escorrer de sentidos
e razões
no subir e descer momentos
ESTE
OVO
de instantes que se fecham
no quebrar de cada um.

Ovo de permanecer inteiro
no quebrar de cada instante.

As omeletes de hoje. Sabem a ontem
são de hoje com o tempero de ontem.
O saco de guardar palavras
é uma rede de as deixar cair
a brisa que nele entra
o balanço, das passadas, constante
solta sem pressa, momentos que nunca são certos
mas depois acertam
no voo de cada um
curtos ou longos sucedem-se
do saco que se esvazia de estar sempre cheio.

Dissecar as palavras secas
de tombadas?
As que voam longamente?
As que voam para sempre?
Olho no espelho, o saco velho
de as guardar mal, de as guardar bem
de as querer para sempre, nas que fogem
nas que guardo doces, de nunca o serem
suficientes....

Palavras, palavras no fechar da cor
nos olhos fechados
no dissecar da cor que rompe
a noite das palavras, do amadurecer
das cores que irrompem.
.......................................













































































'



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Poesía imaginacionista - Blog Literario: [CÁNDIDA REVELACIÓN]

Poesía imaginacionista - Blog Literario: [CÁNDIDA REVELACIÓN]: Yo esperaba un colectivo – solitario en su parada por la mañana temprano y ahí estando así de repente me di en cuenta ¡cuántas cara...

PONTE-Ponte-ponte

Conhecer pessoas como pontes
de as erguer
de as tentar conhecer
de as deixar ir
no seu tempo
no valer a pena que se gasta
no desfazer
de não ter feito
pontes.

Erguer Pontes de as querer
presentes, vivas de as ver
de as sentir crescer
e com elas criar antes
no agora de haver ainda
no agora de o querer sempre.

Pontes de as querer como caminhos
de regressarem todas
ao mesmo centro, ao mesmo ser
ao mesmo ter
ao mesmo olhar, de querer certo
o de hoje, o de ontem
incerto

Sonhar PONTES de as querer livres
sem grilhetas
num arco de chuvasol
permanente
de guardar nada sempre
além do presente.

No arrefecer das brisas quentes
no aquecer das brisas frias
que o tempo
no espaço acariciado
envia de cabeça em cabeça.

Unir linhas de pensar
fazendo feixes de diferenças
pontes de pensar silêncios
palavras de as calar
preciosas.



segunda-feira, 26 de outubro de 2015


O Amor às Palavras...........



Juntei palavras como areia
como pedaços de papel
ainda sem cor.

Com a ponta dos dedos separei
uma por uma
de as sentir a todas
diferentes
de as sentir a todas
semelhantes
de as juntar de novo.

Aguardei brisas da cabeça
esvoaçar de asas
silêncios de pensar
vazios a transpor.

Da luz se fez a luz
de a ter
de a não ver
e linhas de cores que o sonho recusa
uniram, cruzaram palavras
fizeram linhas de cores
que o sonho não consegue.

Ouvi trinados sem pássaros
musica sem som.
Soprei e das palavras presentes
do negro ao mais profundo branco
senti os presentes todos, nenhum faltava
ao presente que sou.

Utopia de amor sem palavras
palavras sem amor que tombam
enquanto o mesmo Sol que as seca
canta nas flores que desabrocha
nos zumbidos que nem são vistos
em cada passada, como ponte, como palavra.

Erguer palavras como arcos perfeitos
e o silêncio por baixo
o eco das palavras todas
de as não dizer
de as guardar como voos  de mocho
silêncios entre, apetecidos, quebrados
no erguer de um arco de palavras ternas
cristal das pontes eternas.