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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Holocausto e Holodomor

 A 14 de Maio de 1948 foi criado o estado de Israel. Não há um dia, nos muitos que se seguiram até hoje, em que o estado de Israel não tenha sido atacado. Para quem não sabe, o benemérito Estaline, forneceu os países árabes com o armamento anti Israel, nada imperialista, nem pensar, só abocanhou tudo o que pôde, para bem dos povos. Nada imperialista, afinal a URRS e a pequenina Rússia de agora, só querem o bem do Mundo e se uma faliu para manter o pequeno exercito vermelho, a outra nas mãos de outro benemérito, irá falir no seu anseio insano de servir o Mundo. Só espero que não estoure com muita força.

Israel é atacado por quem não reconhece, o seu direito à existência, o Holocausto é negado por quem trata as mulheres como seres de outra espécie? Renegam as mães, irmãs e filhas como seres inferiores, com menos direitos, devem ter nascido de geração espontânea, nunca brincaram com irmãs, nunca abraçaram filhas.

No meio daquela terra toda, só um País se digna viver em Democracia, atacado e assediado, tem tido politicas mais duras, extremistas na opinião dos extremistas da esquerda, que se consideram progressistas e contudo vivem nas saudades das chacinas soviéticas, irmãos da paupérrima Cuba, dos esfomeados Coreanos, do Tiananmen das revoluções culturais. Progressistas de tantos progressos falhados, foram dignos na luta contra ditaduras, mas depois deveriam acabar, para não serem o que derrubaram.

Na Ucrânia ou em Israel, serem dominados é acabarem, num genocídio inevitável.

Holocausto e Holodomor nunca mais, nunca, nunca mais. 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Entre vazios

 


Intervalo de conciliar as diferenças
o ser e o não ser,
o que vale e o que não vale,
neste tempo de marcações continuas,
descontos e prolongamentos do

e do,
esse mesmo,

sempre diferente no jogo de ser igual,
de ser sempre diferente,
emparelhado,
assemelhado.

Mata-se numa escala de ser,
mais ou menos extremista,
mata-se na recusa de dar,
de permitir vida.

Mata-se por matar
a razão e a falta dela.

Simples, simples e tão simples este relacionamento de acasos,
estas linhas de nascer e morrer,
este compartimento de ter existido,
vazio e de novo vazio,
de ter sido tudo
vazio e diferente sempre.

É

 Poeta é o que tem fé

mesmo que seja diferente
de a não ter
de a ter mais forte
de a ter somente.

Poeta é de causas
e sem causas o efeito
de cada brisa de cada humor
o sentir diferente
a dor que fica igual
de a sentir em tudo
o que é de todos e de nada
o sentir somente.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Datado Marcado

 Olho do espelho

o rosto de um velho

de ter hoje o peso dos anos

incapaz de sentir a vida 

neles contida.


De vida e de morte se faz este percurso

repleto de sentenças e de banalidades.

Nada de novo, nesta diferença permanente

neste acordar sempre igual

que permite a diferença da igualdade

a mutação gota a gota

deste oceano

de que somos gotas.


Marcar os momentos de os ter ainda

marcar datas que marcam os momentos todos

os sonhos e os acordados, marcados em cada traço

de um calendário que cresce dentro

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

FELIZ NATAL

 Mais um Natal

mais um nó nesta corda

que nos prende

aos nossos.


Vai ser o terceiro Natal do meu terrorista

quinze quilos de beleza e encanto

trinta meses de nos amarrar sorridente

ao castigo maravilhoso de o amar.


Vai ser o primeiro Natal sem o Luís

desde mil novecentos e oitenta e sete

dele guardo os momentos todos, de não haver mais

do meu neto guardo os momentos todos, de querer muitos mais.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O dia todo, todos os dias

 Mais um ano que passou


voando ou


pintando os segundos, na cor de cada um,

na tela branca e neutra que acolhe indiferente

o tempo de cada um, os momentos diferentes

perdidos

indiferentes.


O gosto e o desgosto, alegria e tristeza, morte e vida.


O meu Luís morreu e eu desconheço a cor da morte

não consigo pintar de negro, as recordações que ainda vivem,

nem de roxo, tantas são as cores do amor, da união que fortalece na tristeza,

nos que ficam, nos que permanecem...


Das recordações que ficam, guardadas, preciosas

fica sempre o sabor das que não houve, amargas, perdidas.


O tempo é um silêncio que o coração arranha

batendo descontrolado

é uma tela branca que se deixa pintar, sempre branca

para quem a pinta.


Sons encerrados que ao tempo, ou no tempo se soltam

Bach dos momentos todos, Brahms de os sentir a todos, Beethoven das sensações todas

dando infinito aos segundos, eternidade ao efémero e noções perdidas em cada encontro.


Encontros como viagens de ir, de acabar

fitas desenroladas com a cor de cada encontro, arco-íris de estar vivo

de unir arcos, arco a arco nesta ponte de estar vivo.


A melodia do meu filho acabou, não há partituras que a devolvam

há este continuar no que fica, no que se ganha permanecendo

e assim ganhei

uma filha como um sonho, um neto que ilumina os momentos

com a presença palradora, alegre ou birrento, mas sempre lindo.


O jogo continua enquanto os jogadores mudam, um a um

no jogo de cada um

das pontes que acabam se fazem as que continuam

neste jogo de ler o mesmo texto, o dia todo, todos os dias

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segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Viver e sentir..........................................

 Repetem-se as ideias

neste arrastar do tempo, que as permite sentir

neste viver para poder morrer

repetindo as cores de cada momento

no quadro sempre diferente de ter vivido.


Linhas finas unem-se à minha fina linha

engrossando o meu tempo e amarrando o meu ser

nenhuma se quebra, nenhuma se perde

enquanto dura o tempo de as conservar minhas

de as guardar minhas.


De quantas pessoas se faz a pessoa que eu sou?

Entrelaçado entre vivos e mortos, a todos eu sinto vivos

no que deram e no que me dão, sempre vivos, coloridos em cada momento. 

Para sempre tenho dois filhos, guardados e preciosos

e se um se fez saudades, o outro me ampara todos os dias.


Com o irmão vivo me trouxe uma filha maravilhosa

com o irmão vivo me deram um neto, que ainda o sentiu e conheceu

e depois suavemente, sem pressa nos deixou...

Permanecer é colecionar segundos, equilibrar da balança os pratos e aguentar...

Dos abraços, do amor dos que ficam se fazem as saudades, o amor dos que se vão.


Perdido para neles me encontrar, perdido para os sentir e encontrar

unindo a dor de todos, numa só, uma só que todos sentiam e atenuavam.

Minha filha linda, meu filho e meu neto, mães e avó do meu Luís

a linha fina que eu guardo, às vossas se une, numa corda grossa

que me mantém e no amor que por vós tenho me guardo.



















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