Linhas que se desenrolam
sentimentos que se cruzam
momentos que passam
e se enrolam, na rodilha do tempo.
Estou a reler o "Elogio da Loucura"
tentando o regresso à loucura da primeira vez
das primeiras linhas enrodilhadas
de serem muitas.
Desenrolar linhas
de haver sempre uma
primeira vez
para cada uma
para tudo, os sentidos todos e a falta deles
aparente
no sentir de todos,
de tudo
de loucos, de razões
de juízo insano
este desenrolar de sensações.
Erasmo e More, juízo e utopia
ideias degoladas
ideais decapitados
em todo o lado, o tempo todo
o bom e o mau como marcos de sentir
da folha branca que se desenrola
o alongar de cada linha, de cada cruz
de cada acabar.
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terça-feira, 26 de agosto de 2014
sábado, 23 de agosto de 2014
O mal e o bem.
O mal e o bem como pratos de uma balança entre as orelhas, o faiscar de mundos fechados e tão diferentes em cada piscar de vida, em cada faiscar de ideias, entre as orelhas, no piscar das luzes, negro e branco e o escorrer de cores sempre diferentes em cada faiscar na vastidão entre as orelhas.
O mal e o bem vagueiam, quase se unem no ondular do sentir, no mal de uns ser o bem de outros, em cada tiro entre as orelhas, em cada morte de iguais, em nome de nada ou em nome de ser diferente, cada um , cada ser, igual, igual de nunca o ser.
O mal e o bem em cada criança fervida, em cada degolado, o bem e o mal como âncoras enterradas fundas em cada barbaridade. Somos todos tão iguais, iguais demais nos que matam e nos que morrem, iguais no tempo que a todos consome, iguais, iguais em cada âncora arrastada, em cada corrente quebrada, em cada diferença que pensa e acaba.
O mal e o bem...
O mal e o bem vagueiam, quase se unem no ondular do sentir, no mal de uns ser o bem de outros, em cada tiro entre as orelhas, em cada morte de iguais, em nome de nada ou em nome de ser diferente, cada um , cada ser, igual, igual de nunca o ser.
O mal e o bem em cada criança fervida, em cada degolado, o bem e o mal como âncoras enterradas fundas em cada barbaridade. Somos todos tão iguais, iguais demais nos que matam e nos que morrem, iguais no tempo que a todos consome, iguais, iguais em cada âncora arrastada, em cada corrente quebrada, em cada diferença que pensa e acaba.
O mal e o bem...
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
O DOBRAR DAS ESQUINAS.
Esquinas de escutar
sons de os ter na cabeça
só
bons e maus de os ter na cabeça
só
como realidade de não ter havido.
Linha a linha se acumula o infinito
o espaço vazio que o enche
e os sons que berram
o silêncio de ser.
Sinos que racham, o espaço redondo
o som perdido de ter soado
redondo e logo rachado.
Ruídos diferentes, sons e silêncio deformado
de não haver, de não o ver, de não ouvir
empacotado por espaços pequenos
diferentes
pequenos.
Soluços, hiatos, vogais perdidas
crenças na ponta dos dedos
e linhas, linhas e mais linhas
de entender e de sentir
de sentir e de entender.
O dobrar dos sons, o expandir de cada um
em cada regresso, de cada um
de cada som redondo
de cada esquina arredondada
dobrada
rachada.
O vazio entre extremos faísca diferenças
pequenas
pormenores que se definem de os pensar
e depois crescem indiferentes.
Os sentimentos fazem-se redondos de os circundar
as linhas crescem redondas
como balões por furar.
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