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quarta-feira, 29 de julho de 2015

jorge manuel braga

No inicio deste blog coloquei um texto" Poesia como acto necessário" .
Depois a RTP transmitiu o" 30 minutos jardineiro poeta"
Depois foi publicado pela Chiado o" ACTOS NECESSÁRIOS"
Depois foi publicado pela Edita-me o" NEGRO LUMINOSO"
Depois para poder haver um antes,
muitos,
muitos e sucessivos momentos,
de aprender no erro
e no certo e seguir,
por escadas que só descem subir,
ter pedras vivas e pedras mortas
e sorrir,
o ainda estar,
a vida e o fim de cada instante
de sentir.
Depois no erguer de vontades
repetir o esquecido
reler o nunca lido, de os tempos serem sempre outros
e as palavras novidades de um jogo
empatado o tempo todo de o vencer.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Sa. Cl. Si.

Somos como somos, passos, enganos, momentos, travessias, insónias de pensar, arcas de um Verão constante, arcas de um Inverno permanente.

Somos Como Somos, impossíveis de agora, de sempre ou de nunca. Resquícios temporários nos inertes tocados, nos vivos sentidos, no saber vazio de haver sempre estrelas, longe e mais longe e ainda mais longe, vazio no embotar das sensações, no digerir das emoções, longe tão longe do que passa dentro, do que passa fora.

Atravessar tempo como degraus saltados, como subir de Escher o descer, o sentir das águas passadas, o mover dos moinhos presentes. Mortos moinhos de moerem ainda, o tempo de agora, descendo da subida, o que sobem da descida.

Travessas de sentir tempo, servido em colares de rezas monótonas, deslizantes, dedo a dedo, conta a conta. Infinito de contas como areias infinitas, de tantas praias incompletas.

As variações de cada pequenina formiga, pelo formigueiro todo, pelos formigueiros todos, não se repetem, variam numa cor que parece uma e nunca o é, neste jeitinho brincalhão de aprender o que nunca se repete, de cada segundo, uma formiga, por cada segundo, a vastidão de um oceano de miudezas.

Metáforas à vida, nas suas variações, entendimento e noções, como caminhos feitos, em velocidades diferentes, por mares e ares, por terra e a pé, no ver as janelas de olhar, no passo que a todos foge veloz.






Entre cortados só para não serem inteiros
os soluços de estar vivo
o riso
soluções de tempos perdidos
como mortos de os ter acumulados
vivos
no que penso, no que sinto, no que sou.