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terça-feira, 18 de abril de 2017

De quem...e de ninguém

Tropeça o sentir lento
que voa sempre à frente
de quem vê
de quem sente

pequenos frémitos
grandes anseios

pequenos
tropeções
apontados sempre
para fora
do centro que os amarra

rodando tempo
de todos
de ninguém
tempo
somente
escorrendo
lento

voando silencioso
no tempo
de não ter tempo

domingo, 16 de abril de 2017

Dos lados

Do lado de cá,
nunca do outro lado
se faz o esforço de entender
o lado dos universos,
o polido
o lado negro e a luz diferente
que se reflecte ou se engole
enrolando lenta
o entender de nunca
o fazer

Espera

Para onde
se somem as ideias?

ilusão de as ter
visionadas como tiques
repetidos
e nem assim aprendidos

de que palavras são feitas
estas faíscas
de pensar que se pensa
neste ocupar da espera
olhando o cruzar e descruzar
do olhar
e das pernas o cansar'

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Ter ou não ter

















O silêncio tem por vezes
a cara gritante
de o ser, ser
mascara que engole os rostos todos

ser
silêncio
sem mascaras
engolindo pausas que respiram
o silêncio
o silêncio
tesouro de poder ser
de poder ter
tudo e o nunca
por vezes em silêncio
às vezes

caindo suavemente
no universo
no deserto
num P 38 trespassando arcos
de cores transparentes
de tempo
sem tempo





terça-feira, 11 de abril de 2017

O negro do branco

Conciliar as diferenças
nivelando-as na tolerância
e deixando correr o tempo
que esbate as cores e desgasta as formas
enquanto os sonhos grandes
e as ilusões pequenas
se unem
e se perdem em cada instante
das importâncias
que se recuperam
todas
no fim

...................

Oceano de cor
de afogar dentro
o exterior do momento

impressão de cada instante
sensações ao relento
mergulhar o olhar em cada cor
diluindo formas, na cor de cada uma
cor a cor como traços, marcas
de robinson ido