Ser da estória
a folha
ainda branca
o vazio entre
nas gotas
corrente silenciosa
desaguando emoções
pintando ilusões
e sendo sem o saber
a estória do tempo
o tempero que adoça
e amarga
o tempo sem sabor
fel e mel
de quem o passa
Rolos e rolos perfeitos
mecânicamente enrolados
desenrolam linhas
que atravessam tempo
ganhando cores
nas que perdem
cobrindo distâncias
no que desenrolam
cobrando sensações
no que percorrem
no que provocam
desatino de um saber longo
sempre curto
branco
ilimitado
.
Translate
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
sábado, 10 de setembro de 2016
Janelas
Janelas da razão que se abre
batentes ao largo
ondulam imagens de estrelas
distantes calmas
ornamentos da lua cintilando
Janelas da cor engolida no olhar
sentimento cor de dentro
que a janela fecha
que a janela abre
janelas que rasgam ilustres quietos
lentas de um estio dentro
máscaras e areia que se espalha lenta
espelhos de reflexos atrasados
adiantam sonhos que o tempo esbate
embaciados pelo fechar da janela?
pelo respirar pesado de pensar o tempo
preenchendo espaço que afinal
estava cheio
esvaziando o vazio que se enche
de pensar o tempo que não pensa
procuro palavras úteis
como a fonte de Duchamp
interrogações no esgazear daqui
e Dali
e cores quentes neste tempo curvo
de o sentir enrolado
passando correndo e não quebrando
o que por si se quebra de vidros
janelas que se desfazem
no refazer de cada instante
que não pensa mas passa
Janelas
pontos sem fim
batentes ao largo
ondulam imagens de estrelas
distantes calmas
ornamentos da lua cintilando
Janelas da cor engolida no olhar
sentimento cor de dentro
que a janela fecha
que a janela abre
janelas que rasgam ilustres quietos
lentas de um estio dentro
máscaras e areia que se espalha lenta
espelhos de reflexos atrasados
adiantam sonhos que o tempo esbate
embaciados pelo fechar da janela?
pelo respirar pesado de pensar o tempo
preenchendo espaço que afinal
estava cheio
esvaziando o vazio que se enche
de pensar o tempo que não pensa
procuro palavras úteis
como a fonte de Duchamp
interrogações no esgazear daqui
e Dali
e cores quentes neste tempo curvo
de o sentir enrolado
passando correndo e não quebrando
o que por si se quebra de vidros
janelas que se desfazem
no refazer de cada instante
que não pensa mas passa
Janelas
pontos sem fim
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Sons
A maré leva
a maré traz
no que desfaz
se faz o tempo
e o silêncio
de ir
de andar
e ainda voltar
ao ruído de haver espaços
sensações e vidas
cantos abrigos
de sons e poesia
a maré traz e depois leva
sons encantados
de os ouvir nas pausas
de respirar antes
de respirar depois
em cada mergulho profundo
no silêncio dentro
fundo
a maré traz
no que desfaz
se faz o tempo
e o silêncio
de ir
de andar
e ainda voltar
ao ruído de haver espaços
sensações e vidas
cantos abrigos
de sons e poesia
a maré traz e depois leva
sons encantados
de os ouvir nas pausas
de respirar antes
de respirar depois
em cada mergulho profundo
no silêncio dentro
fundo
Subscrever:
Mensagens (Atom)