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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Visões de ovelhas adormecidas.

Fazem-se novas as noções
mutantes ao som do segundo
que varia e avaria cada pedacinho
cada entendimento
cada zunir de cada palavra
insecto
viva e diferente em cada uma
em cada um.

As linhas mudam
desalinham e de novo alinham
como vagas de uma maré dentro
de insónia
de sentidos e de palavras, num jogo de repetir
sempre
o que nunca é igual.
Nem o negro nem o branco se repetem
neste jogo bloqueado de repetir
o que nunca se repete
nesta insónia de ser
de estar.

Duvida que vive
enrolada em si mesma
duvidando de tudo
sem covil nem processo
num dia noite de Magritte
num Kafka publicado em vida
sem o fumo  de tantas suásticas sem culpa
com sono tanto sono de cachimbos
de fumo de insonia.

Nem as ovelhas que saltam
nem a cerca que saltam
parecem iguais
neste ondular de imagens
nítidas
nos olhos que as fecham.

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