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terça-feira, 14 de maio de 2013

Escolhas de nunca prender.

Sensação de encruzilhada
parar e sentado
ficar
olhando os caminhos todos
cansado.

Depois erguer e recomeçar
andar às voltas e escolher sempre
o mais certo
o caminho sempre certo
de serem todos encruzilhadas
de nenhum retorno.

Ilusão como pontos unidos
num segundo de mentira
que é fim
que é ... afinal verdade
a de uma vida inteira
repleta de mentiras
mas sempre verdadeira.

Garrafas sem fundo
ou borras de um fundo de tempos idos
miragens de gotas ainda recentes
e já engarrafadas.

O que fazer das sensações
de serem ou parecerem
o sustento do que as segura.

É do vento do tempo ou do momento
este escorrer de areia ou dedos
de agarrarem nada
e serem ou parecerem sempre
tudo
interrogado grão a grão de areia fina
cada vez mais fina.

E o tempo
o que é feito dele?

o de todos, o de ninguém.

O existir é verdade mas a mentira também existe
e assim se faz verdade igualmente.
No aceitar de cada segundo a verdade de cada um
como pedras de um caminho sempre por percorrer
como tijolos de um lar de ninguém.

Sempre do que ainda não veio
a perfeição que se perde em cada passo dado
a perfeição que se ganha em cada passo dado
das coisas serem sempre
a fracção permitida neste caminho de escolhas
constantes
diluídas nas escolhas constantes
que sucedem em cada encruzilhada
de aperfeiçoar cada pedaço deste caminho imperfeito
como maldição do infinito fraccionado
em cada chama de existir.

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